Queridos amigos, na vida erramos e outros erraram em algum momento conosco. Somos seres falíveis, limitados e cremos, de outro lado, num Deus infalível e perfeito que estende sobre nós sua inesgotável misericórdia. Estar espiritualmente unido a Deus, não significa ser perfeito ou melhor que os outros. Infelizmente, idealizamos nos nossos líderes, as qualidades que muitas vezes não cultivamos. Este descompasso traduz muitas vezes um tipo de cansaço moral, a ponto de pensarmos: se alguém puder fazer por nós, o que não conseguimos, maravilha né!
Mas é preciso sair do casulo da insegurança e da imaturidade e se despir dos falsos apoios para avançar de coração e peito abertos, ao mundo real e desafiador que fazemos parte. Por mais que rezemos, Deus não nos preserva de aborrecimentos, tristezas, dores e decepções. Se escolhermos mal o nosso caminho, a frustração se encontrará conosco mesmo estando com a fé intacta. A dor e a humilhação que Jesus enfrentou continuam vivas em cada ser humano. Mas é preciso que o amor seja a seiva que pulsa dentro do nosso corpo, da nossa alma e do nosso espírito. Esse amor que se traduz e se faz no perdão, na paciência, na calma e na caridade nos torna mais fortes e dispostos. O perdão é dom de Deus e oferecê-lo ao outro traz paz, alegria e cura ao corpo e a alma.
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Não perdoar é se abraçar com o ressentimento e se lançar a uma dor que se torna mais intensa dia após dia. Tal dor, aparentemente, sustentável e irrelevante, vai minando a nossa esperança, nossa alegria e a nossa saúde. Jesus sangrando na cruz, perdoou, talvez para nos mostrar que devemos perdoar além de nossas energias e possibilidades, pois esse esforço poderá, através d’Ele (Cristo), nos conduzir à vitória jamais vista ou imaginada. Os que perdoam e amam são santos canonizados pela identificação com Cristo, talvez um avô ou uma avó, um amigo ou uma irmã nossos estejam neste caminho crístico sem ainda sabermos ou imaginarmos. Que Deus prepare o nosso coração para o perdão e para o amor. Amém!
