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“Álcool e câncer: só um drinque por dia já aumenta o risco”, por Doutor Jorge Abissamra Filho

Recentemente, o jornal O Globo trouxe à tona um alerta fundamental: o álcool está oficialmente reconhecido como um agente causador de câncer, e o risco já está presente mesmo com o consumo moderado — de apenas um drinque por dia. Esse tema, sobre a presença nociva do álcool na formação de tumores, está ganhando destaque na imprensa brasileira.

A ciência por trás do perigo

O metabolismo do álcool transforma o etanol em acetaldeído, uma substância comprovadamente cancerígena. Esse composto pode danificar diretamente o DNA, favorecendo a formação de tumores. Além disso, o álcool promove a geração de radicais livres, que causam estresse oxidativo e inflamação crônica, outro caminho para o câncer.

Outro ponto é a alteração hormonal: o consumo de álcool aumenta os níveis de estrogênio, hormônio relacionado ao câncer de mama, além de reduzir a disponibilidade de vitamina A, que atua na regulação hormonal.

O risco é ainda maior quando há associação com o tabaco. O álcool facilita a penetração de carcinógenos do cigarro, multiplicando a probabilidade de tumores de boca, laringe, faringe e esôfago.

O que dizem as autoridades de saúde

Órgãos internacionais como a Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificam o álcool como carcinógeno humano Grupo 1, ou seja, não há dúvidas sobre sua relação com o câncer. A própria OMS reforça: não existe nível seguro de consumo alcoólico.

Quantidade segura? Não existe

Embora algumas diretrizes ainda falem em “consumo moderado”, a ciência já demonstrou que mesmo pequenas doses aumentam o risco de desenvolver câncer. Em outras palavras: o único consumo livre de risco comprovado é nenhum.

Impacto e conscientização

Pesquisas mostram que menos da metade da população mundial tem consciência de que o álcool causa câncer. Isso revela um enorme desafio de saúde pública: a necessidade de campanhas educativas, políticas de regulação e maior divulgação científica.

O álcool — mesmo em quantidades socialmente aceitas como moderadas — é um fator de risco evitável para o câncer. Conhecimento é poder: quanto mais cedo a sociedade compreender essa relação, mais vidas poderão ser preservadas.

(Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal HojeDiario.com).