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“Inclusão e acessibilidade à comunidade surda”, por Alex Santos

Meus amigos, o Dia nacional do Surdo, celebrado na última sexta-feira (26/09), é uma data de grande importância para promover a reflexão sobre os direitos, conquistas e desafios enfrentados pela comunidade surda no Brasil, tendo como objetivo principal conscientizar acerca da inclusão social, a valorização da Libras (Língua Brasileira de Sinais) e o reconhecimento da surdez como uma diferença e não uma deficiência limitadora. E neste momento especial, este será o tema do artigo de hoje.

Antes de falarmos do tópico acessibilidade, vamos falar um pouco da origem desta data. Pois bem, o dia 26 de setembro foi escolhido em referência à inauguração do Imperial Instituto de Surdos-Mudos, atual Instituto nacional de Educação de Surdos (INES), em 1857, no Rio de Janeiro. À época, este foi um marco histórico na educação de pessoas surdas no país, sendo um episódio que representa uma base crucial do trabalho em prol da acessibilidade dos brasileiros.

Ainda assim, historicamente, ainda temos muito a melhorar. Apesar dos avanços legislativos e sociais, como o reconhecimento oficial da Libras em 2002 (Lei nº 10.436), muitos surdos ainda enfrentam barreiras no acesso à comunicação, à educação e ao mercado de trabalho, cabendo ao poder público agir para mitigar os efeitos deste isolamento que, invariavelmente, torna-se linguístico. A surdez não deve ser tratada como doença, mas sim, enquanto traço de natureza cultural.

Em Suzano, felizmente, demos um importante passo com a Central de Interpretação de Libras, a CIL. O projeto pioneiro, lançado ainda na gestão do sempre prefeito Rodrigo Ashiuchi e apadrinhado pela sempre primeira-dama Larissa Ashiuchi, surgiu de uma parceria entre a Secretaria de Comunicação Pública, gerida pelo jornalista Paulo Pavione, com o Saspe e o Fundo Social de Solidariedade para atender a comunidade surda no município. Eventualmente, a central ganhou sua própria sala na sede do órgão de projetos especiais e, desde então, vem ganhando cada vez mais notoriedade, seguindo ativa na gestão Pedro Ishi com o trabalho da primeira-dama e dirigente dos órgãos sociais, Déborah Raffoul.

Como dito anteriormente, a comunidade surda possui uma rica cultura própria, com costumes, expressões e formas únicas de se relacionar com o mundo. Promover o respeito a essa diversidade é essencial para uma sociedade mais justa e equitativa, por isso, devemos sempre reforçar que a inclusão não se faz apenas com a presença física, mas com acessibilidade real e efetiva. Nesse sentido, a educação bilíngue tem sido uma das principais bandeiras do movimento surdo, e na nossa cidade, temos uma unidade de ensino especializada neste tópico: a Escola Municipal Damásio Ferreira dos Santos, na Vila Sol Nascente, gerida pela pasta da secretária Renata Priscila.

Por fim, vale destacar que o Dia Nacional do Surdo também serve para celebrar as conquistas obtidas pelo movimento surdo ao longo das décadas. Organizações, ativistas e educadores têm lutado por mais visibilidade e direitos há anos e obtendo resultados importantes, mas ainda há muito a ser feito para romper com o capacitismo e garantir igualdade de oportunidades.

Portanto, meus amigos, reconhecer e valorizar a comunidade surda é fortalecer a diversidade humana e construir pontes de inclusão. A acessibilidade comunicacional é um direito de todos e uma responsabilidade coletiva. Que essa data inspire mudanças concretas e mais respeito à diferença!

(Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal HojeDiario.com).