Essa expressão, é na verdade o contrário da que usamos: “Bons ventos o tragam…”, expressão comum usada para dar as boas-vindas a alguém de forma carinhosa e um pouco poética, especialmente se a pessoa estava ausente ou não era vista há algum tempo.
Mas o tema de hoje não é esse, são os ciclones extra tropicais. Ventania que essa semana trouxe muita preocupação e muitos estragos.
Os ciclones extratropicais são sistemas atmosféricos de grande escala que se formam onde massas de ar quente e frio interagem intensamente. Esses ciclones resultam de fortes contrastes térmicos e de perturbações na circulação atmosférica, especialmente na corrente de jato. Essas características lhes conferem elevada capacidade destrutiva, sobretudo quando associados a frentes frias ativas e fenômenos severos.
Os principais estragos causados por ciclones extratropicais decorrem de ventos fortes, chuvas intensas e, em algumas regiões, queda acentuada de temperatura. A velocidade dos ventos pode ultrapassar 100 km/h, provocando destelhamentos, queda de árvores, interrupção no fornecimento de energia e danos à infraestrutura urbana e rural. As chuvas intensas contribuem para alagamentos, enxurradas e deslizamentos de terra, ampliando o impacto em áreas densamente povoadas ou ambientalmente vulneráveis. Em zonas costeiras, ciclones extratropicais podem gerar ressacas, elevação do nível do mar e ondas de grande porte, causando destruição de portos e comprometendo comunidades pesqueiras.
No Brasil, ultimamente, isso tem chamado a atenção, porque está havendo uma frequência maior desses fenômenos. Sua ocorrência reforça a importância de sistemas de monitoramento meteorológico eficientes, planos de contingência e políticas públicas voltadas à redução de desastres. A compreensão sobre sua dinâmica e impactos é fundamental para o planejamento urbano, a proteção ambiental e a segurança das comunidades afetadas.
Os ventos em São Paulo, atingiram a velocidade de 98 km por hora, uma velocidade considerável que derrubou muitas árvores, paralisações em aeroportos e muitos imóveis sem luz.
Na madrugada mais difícil, perdi o sono e fiquei pensando em muitas consequências desses ventos, entre elas, me preocupou a fragilidade das residências nas comunidades espalhadas, principalmente na região do Alto Tietê. Um dos maiores problemas quando o clima sai do esperado é justamente a vulnerabilidade habitacional em vários pontos dessa região que acaba virando notícia e não vira política pública decente.
Com o aumento desses fenômenos é preciso pensar muito nisso. Espero que prefeitos e vereadores olhem para esse lado e auxiliem na dinâmica de dar mais segurança habitacional para as comunidades, já tão frágeis na nossa região por causa do descaso de muito governantes.
(Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal HojeDiario.com).




