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“Quero abrir uma empresa. Sou obrigado a ter um CNPJ?”, por Rebeka Assis

Pode parecer uma dúvida simples, mas para quem está começando a empreender, a resposta pode fazer toda a diferença. Saiba quais os benefícios e desafios de ter um CNPJ.

A gente sabe que a vida de empreendedor não é fácil, certo?

E entre diversas dúvidas que surgem, desde o momento em que decidimos abrir uma empresa, uma provavelmente já surgiu na sua mente: sou obrigado(a) a ter um CNPJ?

Para acabar com qualquer confusão sobre isso, tire dois minutinhos do seu tempo e continue com a leitura!

Antes de continuar…

Vale esclarecer: o que é o CNPJ?

CNPJ é a sigla para “Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas” e, basicamente, é o “CPF da sua empresa”.

Assim como você, enquanto pessoa física, consegue comprovar que existe por meio do seu CPF, uma empresa é considerada “viva” quando tem um CNPJ registrado. Os CNPJs são cadastrados e administrados pela Receita Federal e as pessoas podem consultar se uma empresa está ativa ou não emitindo uma certidão pelo próprio site da Receita.

Sabendo dessas informações, você pode se questionar: eu preciso mesmo ter um CNPJ pra manter um negócio?

E a resposta é sim.

Por que preciso do CNPJ?

Porque as leis brasileiras estabelecem isso. Então se você decidir comercializar um produto ou um serviço, precisa ter uma empresa formal, isto é, ter um número de CNPJ.

Como já comentei em outros textos da coluna, é muito importante a gente ter em mente que a maior parte dos problemas empresariais só conseguem ser resolvidos se tentamos fazer tudo certinho desde o início.

O que eu ganho tendo uma empresa com CNPJ?

Geralmente, quem começa um negócio pensa em fazê-lo crescer e ter muito lucro, certo?

Só que a expansão de uma empresa passa por etapas que dependem diretamente do uso do CNPJ, então o desenvolvimento do negócio pode ser muito comprometido caso esse número simplesmente não exista.

Para explicar melhor, veja alguns exemplos. Você precisará do número de CNPJ para:

  • Ter acesso a financiamentos bancários, linhas de crédito exclusivas para empresas formais e regimes tributários mais benéficos, como o Simples Nacional;
  • Negociar com investidores e parceiros, que podem injetar dinheiro na empresa e auxiliar na expansão das operações do negócio;
  • Reforçar a confiança com os clientes, que podem pesquisar sobre o negócio e verificar que ele está de acordo com a lei;
  • Celebrar contratos com fornecedores, parceiros comerciais e funcionários, entre outros.

Beleza. E o que eu perco se eu não quiser formalizar a empresa?

Além dos itens que comentei no tópico anterior, sua empresa corre o risco de:

  • ser alvo de fiscalizações e receber penalidades, como multas. Isso é possível porque empresas informais não contribuem corretamente com os tributos previstos em lei; e
  • sofrer com processos trabalhistas, já que uma empresa que “não existe” também não pode registrar a carteira de funcionários. E caso isso vire um processo judicial, uma condenação trabalhista pode levar ao fechamento do negócio.

Eu sei que, ao pensar em abrir um CNPJ, a preocupação inicial pode ser como arcar com os tributos, taxas e afins que surgem com essa formalização.

Por conta disso, recomendo que você faça um planejamento financeiro antes de abrir um negócio, consultando até um contador, para entender melhor sobre o assunto.

Tudo para que, lá na frente, você não perca nenhuma oportunidade de fazer a sua empresa crescer, só porque evitar algumas burocracias no início da jornada.

Espero que você reflita sobre o assunto e, caso conheça alguém que está nessa situação de empresa informal, compartilhe esse texto com ela.

E se você tem mais alguma dica importante, deixe aqui nos comentários ou envie uma mensagem no meu Instagram!

Ótimo trabalho e até semana que vem!

(Este texto não reflete, necessáriamente, a opinião do Portal HojeDiário.com).