A automedicação é uma prática bastante comum em países em desenvolvimento, pois há falhas nos sistemas de saúde, falta orientação adequada dos profissionais responsáveis em vários níveis, e mais especificamente no atendimento nas farmácias.
A prática de automedicar-se é um processo que vai desde a obtenção de medicamentos sem orientação médica e seu consumo, e, mais frequentemente, envolve venda de medicamentos que não exigem prescrição médica. Ela ocorre de várias formas: indicação de pessoas próximas, propagandas e informações disponíveis na internet.
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Com a oferta cada vez maior de aparelhos conectados à internet, mais usuários buscam conteúdos diversos: lazer e entretenimento, clima, turismo e saúde são os mais procurados, dizem os pesquisadores. O Instituto Brasileiro de geografia e Estatística, afirma que o uso da internet chega a quase 80% dos lares nacionais, e assim, conclui-se que muitos brasileiros têm acesso a diferentes tipos de conteúdos, inclusive sobre saúde.
Desde que o panorama da COVID-19 assolou o mundo, a internet foi muito usada no mundo em busca de remédios e tratamentos. E para comprovar isso a Associação para o Avanço da Inteligência Artificial, nos Estados Unidos, analisou o interesse da população em buscar medicamentos e sua eficácia para a COVID-19 no período de 1 a 22 de julho do ano de 2020. Para realizar essa análise eles usaram os resultados das buscas no Google por remédios dos seguintes países: Estados Unidos, Brasil, Índia, Rússia, África do Sul, Peru, México, Chile, Espanha e Reino Unido.
A tendência em se usar as pesquisas no Google, segundo a pesquisa, é útil na medida em que é possível se analisar o nível de interesse de um grupo social ou país tem sobre determinado assunto.
Os resultados da pesquisa, realizada entre 1 a 22 de julho de 2020, demonstraram que a Rússia e a Índia se interessaram pela Azitromicina, o Peru, o México e a Espanha, pelo Dióxido de Cloro, já o Brasil e o México apresentaram grande interesse pela Ivermectina no início do mês e no Peru, a população buscou mais esse tópico na semana final da pesquisa.
Os Estados Unidos tiveram com maior procura a Predinisona e finalmente a Dexametazona despertou interesse da população da Rússia, do Brasil México e Peru.
A conclusão a que se chega, ao longo da leitura de pesquisas sobre automedicação, é que corremos riscos com remédios sem a devida orientação médica e que à medida que a “alfabetização digital” aumenta, a internet pode ser, por um lado, um grande auxílio na ampliação do nosso conhecimento e por outro lado apresentar grandes riscos para a saúde.
(Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do HojeDiário.com)