Durante audiência pública realizada na Câmara Municipal de Vereadores de Mogi das Cruzes, nesta terça-feira (17), o futuro secretário de Mobilidade Urbana, Ary Kamiyama, expôs diversos problemas relacionados à mobilidade da cidade, encontrados durante o processo de transição entre os governos do atual prefeito Caio Cunha e da prefeita eleita Mara Bertaiolli.
De acordo com Kamiyama, as principais questões encontradas foram o mau planejamento de obras viárias, a falta de subsídio para tarifas de transporte público no próximo ano e a precariedade das sinalizações da cidade.
Referente ao transporte público, o secretário mencionou a falta de ônibus, a superlotação dos coletivos e a ausência de subsídio para manter o valor da tarifa no próximo ano.
“O subsídio das tarifas dos ônibus custa aos cofres públicos o valor mensal de R$ 1 milhão e 300 mil. Na realidade, eu posso dizer que essa questão é uma bomba-relógio, pois o contrato desse subsídio vence no dia 31 de dezembro e não houve previsão orçamentária para o ano que vem. Então, não temos verba para pagar esse valor mensal, e vamos ter que encontrar uma alternativa para resolver essa situação”, afirmou o futuro secretário.
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Para Kamiyama, a falta de planejamento das obras em andamento pode acabar prejudicando a cidade a longo prazo.
“As obras em andamento estão, em sua maioria, atrasadas, como, por exemplo, a Rotatória do Habib’s, da qual somente 30% foi concluído. Além disso, verificamos que alguns detalhes de tubulação não foram observados, então, mesmo que a obra seja finalizada, lá na frente ela terá que ser quebrada de novo e o trânsito será interrompido para fazer essa intervenção. Não existem evidências de que essa obra irá realmente beneficiar a cidade. Até agora, não tivemos acesso aos relatórios de planejamento dessa obra”, explicou Kamiyama.
Além disso, o futuro secretário destacou a precariedade em que foram encontradas as sinalizações da cidade.
“Encontramos placas faltantes, pinturas desgastadas e sinalizações terrestres desatualizadas. A gente entra na cidade e percebe que ela está mal sinalizada, com ruas mal pintadas, e tudo isso precisará ser estudado para que possamos atender essas necessidades”, concluiu Kamiyama.