No início do primeiro semestre de 2020 até os dias atuais, entramos na era do imprevisível, do novo. O que era normal se tornou anormal. A aparente tranquilidade atual, esconde medos e mudanças inimagináveis. Mas só o tempo se encarregará de revelar e desvelar as sequelas deste tsunami viral.
Pode até ser que esta pandemia suma da mesma forma que chegou mas pode ser também o início de um pesadelo que veio para ficar. De qualquer forma, o que não falta ao ser humano é uma criatividade natural. Este é capaz de se adequar e se reinventar frente ao novo. Em termos religiosos, é como se ele continuasse a obra do Criador.
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Ao mesmo tempo que o ser humano está inserido em um universo gigantesco, de extensão incalculável, ele também carrega dentro de si um universo subterrâneo que o move e o reconstrói diariamente. A vida é natural e sobrenatural, sua dinamicidade e sua energia, sua complexidade e seu mistério, faz o mais incrédulo cair de joelhos frente a sua grandeza e simplicidade.
Não é de se estranhar que o orgulho humano, faça o ser humano buscar fora o que está dentro. Ignorando assim seu universo interior. Esta anacronia fruto de uma altivez que cega e confunde, faz o ser humano afastar-se de si, dos seus e do mundo criado. Ele vive e convive, arruína e desmata, sem ver e sem se incomodar. Esta desarmonia, talvez explique algumas catástrofes naturais, as doenças e as mazelas sociais que vitimizam milhares.
Basicamente somos feitos do mesmo material e estamos unidos ao mundo criado, tal qual a planta a terra. Ainda que consigamos andar, estamos arraigados a este mundo. Ora queremos ser tudo, ora pensamos ser nada, ora nos sentimos fortes, ora frágeis. Ao mesmo tempo que desbravamos somos desbravados. Assim sendo, frente ao que conhecemos e ao que não conhecemos, o espírito de busca faz-nos alçar voos e enxergar a realidade de uma forma mais ampla. A adversidade e a diversidade, os amigos e os adversários longe de apequenar-nos, faz nos acumular conhecimentos e experiências.
Em suma, vamos ativar nossa razão e o nosso coração. A primeira para conhecer e desbravar, o segundo para cuidar e restaurar. O coração nos faz enxergar o outro, e a razão apresenta-o. Cuidemos uns dos outros e do mundo criado. Deus vos abençoe!
(Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do HojeDiário.com)