Por várias vezes em que aqui escrevi, fiz menção ao tema da violência. Pois não podemos negar que este tema já se tornou um problema estrutural e recorrente. Seja na família, no trabalho, na escola, na esquina e no mundo, carregamos as marcas desta triste realidade.Infelizmente não há mais lugar seguro. Os muros e os portões nem sempre protegem as pessoas da violência, mas por vezes escondem as vítimas que, em seus lares, bradam por justiça.
Essa semana na festa do Oscar, o ator Will Smith ao ouvir uma piada de mal gosto, que fazia alusão a cabeça raspada da sua esposa, contada pelo também ator Chris Rock, acabou agredindo-o com um tapa em pleno palco, deixando a todos os presentes e telespectadores incrédulos.
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A violência na festa do Oscar tornou-se a grande estrela deste evento mundial. Tempos estranhos, tempos desafiadores. A violência moral, sexual, física e psicológica, está se tornando uma “epidemia” mundial, afetando milhares de vidas. Tal epidemia encontra não nos fármacos sua resposta protetiva mas na mudança da mentalidade e costumes.
A cultura da paz deve estar enraizada em nossa mente e em nosso coração, em nossa família e em nosso bairro, em nossa escola e em nosso trabalho. Se bater e agredir, em algum momento da nossa vida, eram sinônimos de virilidade e de coragem, hoje não agredir é sinônimo de hombridade e valentia. Onde a violência e o ódio entram, o respeito e a justiça saem.
Todos buscamos uma vida melhor, uma semana melhor, um emprego melhor, mas essa qualidade, esse sonho não vem com agressões e humilhações. Diante do calor da indignação e da injustiça, busquemos o frescor da sabedoria e da calma. Tudo ao seu tempo, sem atropelos, sem gritaria. Que cada um de nós aprenda com os tombos, com os traumas e com as decepções, mas mantendo a mente não presa às dores mas livre à inspiração e à boa intenção.
Como diz o escritor Augusto Cury: “Ser feliz não é ter uma vida perfeita. Mas usar as lágrimas para irrigar a tolerância. Usar as perdas para refinar a paciência. Usar as falhas para esculpir a serenidade. Usar a dor para lapidar o prazer. Usar os obstáculos para abrir as janelas da inteligência. Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, perdas e frustrações. Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar autor da própria história.”
Paz e bem!
(Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do HojeDiario.com)