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Após 41 anos desde o registro do 1º caso da doença, a Aids ainda deixa marcas na vida de milhões de pessoas no Brasil

O Dia Mundial de Luta contra a Aids é celebrado nesta quinta-feira (1º) e, após 41 anos do registro do primeiro caso da doença, a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids) – causada pela infecção do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV, sigla em inglês), ainda é uma pandemia.

Segundo o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (Unaids), em 2021, havia cerca de 38 milhões de pessoas vivendo com HIV no mundo.
Desse total, aproximadamente 85% das pessoas sabiam que eram soropositivas para o HIV. Já 5,9 milhões de pessoas não sabiam que conviviam com o vírus em 2021.

Afinal, o que é a Aids?

A Aids, segundo a Secretaria Estadual de Saúde, é a doença causada pela infecção do vírus HIV.
O vírus ataca o sistema imunológico, o responsável por defender o organismo de doenças, fazendo a pessoa ficar mais vulnerável a diversas doenças, desde um resfriado até infecções mais graves.

O HIV consegue alterar o DNA das células atingidas e fazer cópias de si mesmo. Após se multiplicar, rompe os linfócitos em busca de outros para continuar a infecção.
Porém, é importante lembrar que ter o HIV não é a mesma coisa que ter Aids. Muitas pessoas podem viver anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença, mas transmitem o vírus a outras pessoas.

Ao contrário de outros vírus, o corpo humano não consegue se livrar do HIV. Isso significa que uma vez que você contrai o HIV, você viverá com o vírus para sempre. Porém, com os cuidados médicos apropriados, o vírus pode ser controlado.

O tratamento para o HIV é frequentemente denominado por Terapia Antirretroviral (ART) e pode prolongar expressivamente as vidas de muitas pessoas infectadas pelo vírus e diminuir as chances de transmissão.

Aids em 2021

Segundo o último levantamento da Unaids, aproximadamente 38,4 milhões de pessoas no mundo viviam com HIV no ano passado.

Além disso, cerca de 1,5 milhão de pessoas se tornaram recém-infectadas por HIV, 650 mil morreram por doenças relacionadas à AIDS e 28,7 milhões de pessoas estavam acessando a Terapia Antirretroviral (ART).

Como surgiu o HIV?

Cientistas identificaram um tipo de chimpanzé na África ocidental como a fonte de infecção por HIV em humanos.

Estudos apontam que a transmissão de macacos para humanos pode ter acontecido ainda no século XIX.

Acredita-se que a versão do vírus da imunodeficiência – chamado vírus da imunodeficiência símia (SIV) – dos chimpanzés provavelmente foi transmitida aos seres humanos e se transformou em HIV quando os seres humanos caçavam os animais e se alimentavam de sua carne, o que levou ao contato com o sangue infectado.

Entretanto, o primeiro registro oficial da doença aconteceu no dia 5 de junho de 1981, quando o Centro de Controle de Doenças (CDC) notificou que cinco jovens de Los Angeles foram diagnosticados com uma infecção pulmonar incomum, conhecida como pneumonia por Pneumocystis carinii (PCP), e dois haviam morrido.

Prevenção e diagnóstico

Se você passou por uma situação de risco, como ter feito sexo desprotegido ou compartilhado seringas, faça o teste anti-HIV. O diagnóstico da infecção pelo HIV é feito a partir da coleta de sangue ou por fluido oral.
Os testes rápidos são realizados gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), nas unidades da rede pública e nos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA).

Os exames podem ser feitos de forma anônima. Nesses centros, além da coleta e da execução dos testes, há um processo de aconselhamento para facilitar a correta interpretação do resultado pelo(a) usuário(a). 

Veja o endereço das unidades do Centro de Testagem e Acolhimento no Alto Tietê:

  • Arujá: Avenida dos Expedicionários, número 1255 – Jardim Renata;
  • Ferraz de Vasconcelos: Rua Santa Catarina, número 32 – Vila Romanópolis;
  • Itaquaquecetuba: Rua Duque de Caxias, número 187 – Centro;
  • Mogi das Cruzes: Os exames podem ser realizados em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e Unidades de Saúde da Família (USFs) mediante agendamento;
  • Poá: Rua Deocasta Aguilera, número 215 – Jardim Medina, Poá;
  • Suzano: Rua Otávio Miguel da Silva, número 323 – Parque Suzano.

(por Eduarda Hutter, Estagiária em Jornalismo, sob supervisão do editor)

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