Ah, a fofoca… Se nunca fizemos, já fomos alvo de alguma. Desde boatos mais simples até situações complexas, a fofoca não costuma trazer nada de produtivo para as nossas vidas.
E isso também vale para o espaço de trabalho.
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Se você já presenciou algum comentário desnecessário durante o expediente – ou é do time que adora “fornecer informações” – continue a leitura!
É proibido fofocar no ambiente de trabalho?
Apesar de ser algo incômodo na maioria das vezes, a simples fofoca não é proibida por lei (caso contrário, estaríamos todos presos, rs). Porém, a prática de espalhar boatos durante o expediente pode trazer sérios problemas, como:
- Dificultar a cooperação entre equipes;
- Diminuir a produtividade – tanto pelo tempo gasto com a fofoca quanto pelo foco desviado;
- Afetar negativamente a autoestima do(s) alvo(s);
- Gerar brigas verbais e/ou físicas;
- Ocasionar pedidos de demissão, por causa de ambientes insustentáveis; e até
- Motivar a lavratura de boletins de ocorrência, em casos de fofocas que envolvam crimes, como furto ou fraude.
Como evitar a fofoca no trabalho?
É óbvio que, no decorrer da vida, aprendemos a lidar com esse tipo de situação. Contudo, algumas pessoas parecem menosprezar o poder de uma fofoca e saem pelos quatro cantos da empresa espalhando rumores.
Como é impossível evitar totalmente os fuxicos, é importante investir em práticas para a redução de danos e educação corporativa. A empresa pode, a princípio, adicionar cláusulas em suas normas internas sobre o assunto, demonstrando a necessidade de respeitar o próximo e o quanto a fofoca atrapalha o desempenho nas funções.
Além disso, existem pequenas reflexões que podem ser trabalhadas com a equipe, por exemplo: “Como você se sentiria se espalhassem na empresa que você está doente? Ou que conseguiu uma promoção porque saiu com fulano?”. Ao mostrar o quanto um comentário impróprio pode ser doloroso, cada funcionário pode “fiscalizar” a si próprio e se reeducar a não passar a informação adiante.
Por fim, dependendo da gravidade do “problema”, cabe à empresa – devidamente orientada por um(a) advogado(a) – aplicar advertência, suspensão ou até uma demissão por justa causa ao funcionário responsável. Isso porque o ato de fofocar pode atingir a honra e/ou reputação do outro, e isso é proibido pela CLT.
Inclusive, já tivemos casos, na Justiça do Trabalho, de empresas condenadas ao pagamento de indenização por dano moral, ao permitirem que o ambiente de trabalho se tornasse insustentável e não se posicionarem na defesa do trabalhador vítima dos boatos.
Mesmo com a língua coçando…
Coloque um freio nas fofocas relacionadas ao trabalho, ok? Empresas sérias dependem de colaboradores responsáveis e com bom senso.
E no caso de gestores e líderes: deem o exemplo. Não adianta movimentar toda a empresa em prol de um ambiente mais saudável e ser o primeiro a comentar “acho que a ciclana quer roubar o seu lugar…”
A fofoca pode se espalhar e tomar proporções assustadoras, mas carregue consigo a paz de quem não contribuiu pra isso. A boa convivência agradece!
Bom trabalho e até semana que vem!
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(Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do HojeDiario.com)