Nos últimos anos, temos acompanhado a evolução da internet e o seu impacto no nosso dia a dia, passando por diversos setores, como transporte e alimentação.
Isso também vale para o trabalho. Além de sites e redes sociais se incorporarem ao campo corporativo, a linha entre vida pessoal e profissional nunca esteve tão tênue.
Últimas Notícias
Hoje, já presenciamos demissões por justa causa de funcionários que criticam abertamente a empresa em que trabalham em perfis de Instagram, Facebook ou LinkedIn. Mas tem se tornado cada vez mais comum também a escolha (ou não) de lugares por conta das atitudes virtuais de seus proprietários.
E agora, mais do que nunca, um post pode ter a força de afastar clientes da sua empresa.
Como lidar com esse novo desafio? Continue a leitura e confira!
Respeite a sua essência… e os direitos do próximo
Não, você não precisa criar um personagem para estar na internet, mas é importante ter ciência que a internet é uma extensão da vida real e convenhamos: ninguém quer ir a um restaurante conhecido por ter donos que destratam seus funcionários, certo?
A mesma impressão vale para empreendedores que postam que as leis trabalhistas são desnecessárias, por exemplo.
“Ah, então é só eu ter essa opinião e não postar, certo?”
E a resposta é: não. Diferente de gostos pessoais, os direitos foram criados pela necessidade de resguardar condições específicas na sociedade. Então, “opiniões” que afetem direitos do próximo devem ser revistas – no virtual e no presencial.
Você realmente precisa postar isso?
Imagine uma marca de roupas veganas, em que os tecidos são totalmente sintéticos e o processo de criação e fabricação respeita a vida animal.
Agora, imagine a proprietária festejando em uma tourada, por exemplo.
Faz sentido pra você? Para os clientes dessa loja, que desenvolveram uma conexão com a marca, também não.
Então, é óbvio que, talvez, uma empreendedora se veja diante de uma situação que é impossível recusar. Mas nem por isso ela precisa postar no feed, nos stories, no status do WhatsApp…
Fazer um filtro do que é adequado ou não fazem bem, tanto para o CNPJ quanto para o CPF.
Ter dois perfis é o ideal?
Muito se fala sobre ter dois perfis distintos nas redes sociais: umas apenas para família e amigos, privado ao público, e outro mais profissional, para se apresentar enquanto empreendedor.
E a resposta é: depende.
Algumas empresas trabalham muito com o lado humano em sua cultura, e expor isso para potenciais clientes pode ser uma boa estratégia de marketing. Por outro lado, ter uma vida muito agitada e postar festas com frequência pode não agradar clientes mais conservadores.
Por isso, a única pessoa que pode ter essa resposta é você mesma(o). Logo, para fechar essa reflexão, deixo as seguintes dicas:
- Analise o quanto a sua privacidade é importante para você;
- Reflita sobre a sua postura nas redes e o quanto você se importa com o impacto que ela pode vir a ter nos seus negócios (e lucros);
- Caso queira se posicionar na internet, tenha o suporte de um especialista em marketing digital; e claro
- Na dúvida, consulte um(a) advogado(a) de confiança.
Bom trabalho e até semana que vem!
Você tem alguma dúvida sobre Direito do Trabalho, LGPD ou Empreendedorismo que gostaria de ver respondida aqui?
Envie uma mensagem no meu Instagram ou um e-mail para [email protected], e eu terei todo o prazer em responder.
Aproveite e conheça meu trabalho em www.rebekaassis.com.br.
(Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do HojeDiario.com)