Onde canta o sabiá!!!
Na verdade, o sabiá não canta nas palmeiras, mas isso não tem importância. Estamos na primavera e o Sabiá canta aqui perto da minha janela todas as manhãs, ou do abacateiro, ou do pé de Ipê ou mesmo do telhado do vizinho. Mas o texto de hoje é sobre palmeiras e não sobre o sabiá! Vamos lá.
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Se você já ouviu tratarem o Brasil de Terra de Pindorama, é porque a palavra pindorama vem do tupi-guarani e significa “terra das palmeiras”.
Segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, no Brasil existem relatadas mais de 250 espécies de palmeiras distribuídas por todas as regiões do país, mas, claro, a grande maioria das espécies está na região amazônica.
São muitos nomes diferentes de palmeiras: macaúba, buriti, inajá, tucumã, coco-da-baía, babaçu, licuri e por aí vai. Temos belíssimas espécies decorando parques e jardins.
Muitas nos dão o alimento como o coco e sua água refrescante nos dias de calor. Sem ainda esquecer que o coco é um ingrediente maravilhoso em muitos pratos doces e seu leite, em pratos doces e salgados. O açaí nos dá muita energia e é muito saboroso tanto com banana e aveia como no sorvete, no suco e assim por diante. O azeite de dendê, muito utilizado na gastronomia baiana é rico em vitamina A, tem grande valor energético e ajuda na saúde do cérebro.
E por falar em gastronomia, vamos entender um pouco de palmito, o coração das palmeiras. Alguns tipos de palmito estão entrando em extinção, como o palmito juçara, afinal a ganância do homem não vê que a natureza tem limites, infelizmente.
Há o palmito da palmeira real – muito rico em fibras, resulta em saborosos recheios de pastéis, pizzas e tortas. O palmito pupunha tem sabor leve, também. É rico em fibras e tem baixa caloria assim como o antecessor e geralmente é servido cru em saladas.
Há, ainda, muitos estudos sobre a produção de biocombustível a partir dessas árvores maravilhosas. Para se ter uma ideia a palmeira que produz o dendê é capaz de produzir 6 mil quilos de óleo por hectare, já a macaúba pode produzir 4 mil quilos. As pesquisas indicam que uma das vantagens em produzir biocombustível a partir de palmeiras é que há espécies produtoras em diferentes regiões do Brasil.
Enquanto na região Norte temos o tucumã, no Pará, o inajá em Roraima e Amazonas, no cerrado tem-se a macaúba, o babaçu, no Maranhão, Piauí, Ceará e Tocantins. Isso facilita a produção de biodiesel em diferentes regiões do país, sem a necessidade de se adaptar essa ou outra espécie.
Para terminar, minha terra tem palmeiras que gera muitas delícias e bastante riqueza!!!!
(Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do HojeDiario.com)