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“Comunicação é tudo!”, por Rebeka Assis

Aposto que você já ouviu a frase “combinado não sai caro”, certo?

Esse ditado popular é praticamente um mantra na minha vida, porque sei – na prática – o quanto uma situação mal explicada pode trazer transtornos e criar uma bola de neve… na maioria das vezes, desnecessária.

Na vida, no amor e nos negócios, comunicar-se de forma transparente e assertiva pode ajudar sua empresa a lucrar mais (e sofrer menos com reclamações ou processos judiciais). Conversas “pela metade” ou informações ocultas podem afastar boas parcerias ou ainda te obrigar a fazer renegociações ou reembolsos, por exemplo. E tudo por uma simples falha na comunicação.

Por isso, já que estamos entrando naquela fase de revisar o que foi feito em 2023 e em quais pontos melhorar para o próximo ano, que tal começarmos analisando a comunicação – sua e da sua empresa?

Para entender melhor, continue a leitura!

Por onde começar?

Se você é uma pessoa que tem dificuldade em se comunicar, ou que não se sente confortável em resolver assuntos com uma pessoa específica, o primeiro passo é refletir sobre as causas disso. Alguns motivos podem ser:

  • Medo de não cumprir prazos e ser cobrado(a) depois;
  • Dificuldade em explicar suas ideias ou opiniões sobre um projeto, produto ou serviço;
  • Falta de tempo/vontade de se organizar e colocar em prática os próprios planejamentos;
  • Não estar “por dentro” do que está acontecendo na sua empresa;
  • Ter algum colega ou parceiro que não lida bem com opiniões divergentes, entre outros.

Identificar o que te “assusta” na hora de se comunicar, enquanto pessoa e empresário(a), é imprescindível para te fazer pensar em soluções. Caso você não consiga identificar isso sozinho(a), conversar com um(a) colega gestor(a) ou com especialistas, como os psicólogos, pode ser de grande ajuda.

Superado esse ponto, vamos lá!

Para seus sócios / parceiros de negócios

Se você empreende com sócios e/ou lida com parceiros de negócios, como fornecedores, precisa ter em mente que estratégias precisam de clareza e argumentos para serem bem compreendidas e funcionar da melhor forma possível.

Explico: você é dona(o) de uma loja de cosméticos e pensou em uma campanha para a Black Friday (que está pertinho, por sinal). Essa campanha consiste em fazer o famoso “compre 1, leve 2”, durante toda a semana em que cai a Black Friday. Para um(a) sócio(a) concordar contigo, você precisa explicar, por exemplo:

  • Qual a vantagem da campanha?
  • Qual a vantagem do período de duração?
  • Como isso pode impulsionar as vendas?
  • Compensa incluir todos os produtos?
  • Entre outras perguntas que surgirem.

Inclusive, nada impede que vocês respondam esses questionamentos juntos. Mas o importante é entender que informações soltas ou sem o mínimo de organização mental só ajudam a afastar as suas ideias de uma possível concretização.

No mundo dos negócios (e na vida, no geral), o “porque sim” não tem validade alguma. Insistir nisso é insistir no erro.

Para seus funcionários

A comunicação com seus funcionários deve ser transparente. Isso vale tanto para comunicados internos, treinamentos ou outros documentos formais, quanto para a maneira que cada um é tratado.

Para isso, é necessário que as regras da empresa estejam muito claras para todos, bem como seus direitos e deveres perante as leis trabalhistas. Isso evita confusões entre colegas de trabalho, discussões com o RH e até condenações em processos trabalhistas, já que seus colaboradores sabem exatamente quais são as suas funções, seus direitos e o que pode ocasionar uma advertência, por exemplo.

Além disso, “jogar limpo” com todos ajuda a cultivar o sendo de equidade dentro da empresa, traz mais segurança para os trabalhadores e diminui a rotatividade nos cargos.

Mas lembre-se: a comunicação escrita, verbal e não-verbal precisa seguir a mesma linha de assertividade, viu?!

Afinal, não adianta ter uma placa gigante escrito “proibido o uso de aparelho celular durante o horário de atendimento” se o funcionário “parça” da gerência pode assistir vídeos na internet sem receber qualquer advertência.

(é como aquela outra frase diz: me ajuda a te ajudar!).

Para seus clientes

Por fim, mas não menos importante: uma comunicação falha com seu cliente pode fazer – entre outros problemas – a sua empresa ganhar uma cartinha do Procon.

Lembra do exemplo do “compre 1, leve 2”? Imagine que uma cliente entrou na loja que está com essa promoção. Ao escolher os produtos e chegar no caixa, ela descobre que metade deles não está na Black Friday e que ninguém tem 100% de certeza sobre o que está em promoção ou não.

Qual seria a atitude mais comum? Largar a “cestinha” e ir embora sem nada. E a empresa perde uma venda.

Outro exemplo: uma escola quer fazer uma festa de fim de ano e encontra uma promoção, na internet, de um espaço que inclui alimentação e brinquedos para as crianças.

As partes fazem negócio e, só após o pagamento, a representante da escola recebe a informação de que a promoção só vale de terça a quinta-feira. Com essa informação, ela pode:

  1. Seguir com a contratação e se adequar às “novidades”;
  2. Recusar o negócio e pedir o reembolso;
  3. E se o espaço de festas dificultar, pode comunicar ao Procon e transformar a situação em uma análise de violação do direito do consumidor.

E para finalizar: quem nunca viu um anúncio como “par de brincos folheados a ouro por R$ 229,90” e, ao se aproximar, viu um minúsculo “12x de” na parte de cima, descobrindo, então, que o par de brincos está 12x de R$ 229,90?

Tratar o cliente como bobo é, de longe, uma das piores atitudes que a sua empresa pode ter. Sem uma boa comunicação, nenhum negócio é fechado; nenhuma venda é feita.

A boa comunicação com o cliente não se resume ao momento da compra. Esclarecer dúvidas antes e depois, ter um atendimento cordial e estar aberto(a) a resolver conflitos é indispensável para garantir o retorno daquela pessoa.

Mente aberta, pequeno gafanhoto

Como eu costumo comentar em vários textos: não tente ser o(a) dono(a) da razão, querido(a) empresário(a).

Permita-se trabalhar com especialistas em comunicação, analisar as formas como a sua empresa transmite as mensagens e, principalmente, considere que o alvo da sua informação – seja seu sócio, funcionário ou cliente – não é obrigado a saber (ou concordar) com o que está na sua cabeça.

Por isso, explique sempre com calma, objetividade e esteja pronto(a) para refletir e aperfeiçoar as suas técnicas de comunicação.

Sua empresa, relacionamento e vida te agradecem.

Bom trabalho e até semana que vem!

E aí, você tem alguma dúvida que gostaria de ver respondida aqui na coluna?

Envie uma mensagem no meu Instagram ou um e-mail para [email protected], e eu terei todo o prazer em responder.

Aproveite e conheça meu trabalho em www.rebekaassis.com.br.

(Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do HojeDiario.com)