Família contesta versão dada por policial sobre morte de jornalista esportivo de 34 anos após discussão de trânsito, em Poá

A família do jornalista Diego Cardoso, de 34 anos, morto em uma discussão de trânsito em Poá, na última sexta-feira (08), contestou a versão registrada no Boletim de Ocorrência (B.O) do caso, dada pelo policial aposentado que atirou contra o homem.
Segundo os familiares, o motorista estava bêbado e, por isso, atirou contra a vítima.

A versão dada pelo policial à Polícia foi que, após colidir contra o veículo do pai de Diego, que estava estacionado na via, o jornalista e mais três homens o cercaram e, por se sentir ameaçado, sacou a arma e disparou duas vezes. O policial ainda relatou ter tomado um soco no rosto.

A vítima foi socorrida e encaminhada para o Hospital Regional Doutor Osiris Florindo Coelho, em Ferraz de Vasconcelos, onde foi submetida a uma cirurgia de emergência, porém, não resistiu aos ferimentos.

A família disse que o homem bateu contra o veículo de Diego, que estava parado na avenida Doutor Adhemar de Barros, em Poá. O policial apresentava sinais de embriaguez e tentou fugir do local sem pagar pelos estragos feitos ao carro.
Um primo disse que foram avisados por um vizinho do ocorrido e que o policial começou a discussão no local.

No momento em que o jornalista, seu irmão e seu pai tentaram impedir que o homem fugisse.
Ele (policial) puxou a arma, deu uma coronhada e atirou contra Diego. Um familiar ainda disse que o aposentado não prestou socorro à vítima.

Os familiares descreveram Diego como um profissional exemplar, além de pai, marido e filho amoroso. Ele era jornalista esportivo e atuava na Rede Blitz como comentarista e também já tinha atuado como repórter de campo no passado.
A Polícia abriu inquérito para investigar o caso. Inicialmente, foi alegada legítima defesa do policial aposentado no Boletim de Ocorrência.