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Dinheiro usado para obras na Avenida dos Bancos, em Mogi das Cruzes, seria destinado para construção de terminais de ônibus em Braz Cubas e Jundiapeba

Os distritos de Braz Cubas e Jundiapeba, em Mogi das Cruzes, deixaram de ter terminais de ônibus para que fosse realizada a pavimentação de toda a avenida Voluntário Pinheiro Franco, a avenida dos Bancos, na região central da cidade.
Os R$ 23 milhões investidos nas obras eram previstos inicialmente para a construção desses que seriam dois importantes equipamentos de mobilidade urbana para a cidade.

As obras, que começaram em 3 de janeiro como parte do Programa Nova Mogi de Recuperação Asfáltica, causaram grande transtorno à época e levantaram questionamentos sobre sua necessidade. Em 25 de fevereiro, o prefeito Caio Cunha justificou a ação afirmando que “não jogaria R$ 23 milhões no lixo”, explicando que o montante seria uma “sobra” dos recursos utilizados na construção da avenida Comendador Fumio Horii, a avenida das Orquídeas, que interliga os distritos de Braz Cubas e Jundiapeba.
A Caixa Econômica Federal, porém, contrariou a versão dada pelo prefeito.

Segundo o órgão federal, o valor seria destinado originalmente para a conclusão de um projeto apresentado em 2013 pela gestão do então prefeito Marco Bertaiolli, hoje conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), que incluía uma série de melhorias estruturais e de mobilidade na cidade, além da garantia de construção de dois terminais de ônibus nos dois distritos mais populosos de Mogi das Cruzes. Para a realização do projeto, foram liberados cerca de R$ 110 milhões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) do Governo Federal para o projeto denominado Corredor Leste-Oeste.

A principal obra era a construção da avenida das Orquídeas, ligando a avenida David Bobrow à avenida Guilherme George. Também foram entregues outras etapas, como a recuperação da avenida Tenente Onofre Rodrigues de Aguiar, na Vila Industrial, em 2016, na gestão de Bertaiolli, e a renovação da avenida Guilherme George, que conectou a região central de Jundiapeba com a divisa com Suzano, concluída em 2017, na gestão de Marcus Melo.
Entre os projetos, houve também a pavimentação da avenida Cavalheiro Nami Jafet, com a implantação de uma rotatória no cruzamento com a avenida Tenente Onofre Rodrigues de Aguiar e a implantação de um binário ligando esta via até o Terminal Central de ônibus municipal, finalizada em 2018.
A obra final da etapa três foi a entrega da avenida das Orquídeas, em 2019.

O trecho 4 do pacote de obras, porém, que previa a construção de dois terminais de ônibus nos distritos de Jundiapeba e Braz Cubas, não foi desenvolvido na atual gestão. A Caixa Econômica Federal informou que o contrato referente ao projeto Corredor Leste-Oeste foi firmado em novembro de 2013 e incluía a construção de dois terminais de ônibus nos distritos mencionados.
O trecho 4 também possuía a execução da interligação entre o Terminal Central e o Terminal Estudantes. Ou seja, o dinheiro deveria ser direcionado para o término dessas obras.

A gestão de Caio Cunha, porém, pediu a exclusão das obras dos Terminais Jundiapeba e Braz Cubas do contrato de financiamento com a Caixa. Segundo a administração municipal, havia dificuldade em obter uma área para a implantação dos terminais.
O pedido foi acatado, mas com a redução do valor previsto no contrato, caindo de R$ 77,6 milhões para R$ 68,6 milhões, uma redução de R$ 9 milhões.

Um montante desse valor foi investido na pavimentação da avenida dos Bancos, que se iniciou em janeiro e terminou somente em 15 de março. Por ser uma das vias mais movimentadas e importantes da cidade, as obras criaram grande transtorno, gerando críticas dos comerciantes que tiveram seus negócios prejudicados, uma vez que os carros não podiam transitar na avenida e todas as obras eram realizadas na parte da manhã e tarde, quando o comércio costuma ser mais movimentado.
Além disso, diversas vias do Centro tiveram de ser remanejadas, o que criou, durante o período, um grande caos no trânsito, principalmente em horários de pico.