No mês de setembro, a Justiça Eleitoral ordenou que os candidatos à prefeitura de Mogi das Cruzes, Mara Bertaiolli, do Partido Liberal (PL), e Caio Cunha, do Podemos (PODEMOS), suspendessem a divulgação de determinadas propagandas eleitorais. As decisões envolvem acusações de divulgação de informações inverídicas e conteúdo ofensivo.
Em relação a Caio Cunha, a determinação judicial se refere a postagens feitas em redes sociais que vinculam a adversária, Mara Bertaiolli, a crimes de corrupção. De acordo com a decisão proferida pela juíza responsável pelo caso, o material veiculado contém informações ofensivas à candidata e declarações que “supostamente extrapolam o limite da liberdade de expressão”. A decisão exige que Cunha retire o conteúdo das plataformas, sob pena de multa, com previsão de aumento do valor em caso de descumprimento.
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Por outro lado, Mara Bertaiolli também foi alvo de uma decisão judicial, desta vez em relação à propaganda veiculada em seu programa de horário eleitoral gratuito. A candidata precisou interromper a divulgação de trechos que alegavam que as obras na Praça Kazuo Kimura, conhecida como Rotatória do Habib’s, em Mogi das Cruzes, seriam uma “enganação” e que não havia serviços em andamento no local. Além disso, Bertaiolli afirmou que o prédio do Complexo Integrado de Atendimento à Saúde (CIAS) estaria inutilizado. A juíza responsável considerou que a candidata apresentou informações inverídicas e distorceu os fatos, o que é proibido pela legislação eleitoral. A divulgação dessas informações foi suspensa pela Justiça Eleitoral.
Ao portal HojeDiário.com, o departamento jurídico de Mara afirma que este período eleitoral não vale tudo.
“O Departamento Jurídico da coligação ‘Compromisso e Amor por Mogi’, por meio do advogado Jonathas Campos Palmeira, afirma que é preciso cuidado e responsabilidade na disseminação de informações durante a campanha eleitoral, para que a liberdade e a democracia não sejam contaminadas por notícias falsas que prejudiquem os candidatos. A propaganda eleitoral não é um vale-tudo. Há toda uma legislação que contém regras para evitar o uso indiscriminado dos meios de comunicação sem respeitar a verdade e a ética”, observam.
A assessoria de Caio Cunha também se pronunciou sobre o assunto.
“A assessoria do candidato à reeleição pela coligação ‘Coragem Para Fazer a Diferença’, Caio Cunha, informa que tomou conhecimento da decisão, em caráter liminar, da Justiça Eleitoral e que já está recorrendo, uma vez que o conteúdo que a candidata do PL tenta impugnar se refere à vinculação dela aos escândalos de corrupção de seu grupo político, ao qual ela mesma afirma pertencer em toda a sua propaganda. Defender-se de medidas judiciais não tem sido uma atividade rotineira na campanha do candidato à reeleição. Ao contrário do que ocorre com a adversária do PL, que já recorreu e perdeu todos os recursos em 15 ações por propaganda eleitoral irregular e fake news, que custaram à candidata R$ 75 mil em multas. Na mais recente decisão da Justiça Eleitoral, a candidata foi obrigada a retirar do ar três trechos de sua propaganda eleitoral no rádio e na televisão, contendo notícias falsas sobre a gestão de Caio Cunha”, disseram.