Natural de Lavras da Mangabeira, no Ceará, José Vandei Silva de Oliveira, mais conhecido como Poeta Seu Zé, de 48 anos, é professor e escritor residente no bairro Vila Urupês, em Suzano. Graduado em Filosofia pela PUC São Paulo, José começou a escrever profissionalmente em 2008, participando de saraus e alimentando o blog “Mira Zé”. Seu primeiro livro, “Falo”, foi publicado em 2016. Após essa publicação, ele foi convidado pelo artista João Paulo Belmonte para participar do projeto “Geloteca”, da CPTM, que incentiva a leitura.
Na estação de trem de Suzano, uma geladeira decorada com a imagem do Poeta Seu Zé serve como ponto de troca de livros. Além de sua foto estampada, o equipamento exibe uma frase de sua autoria: “Desejo para esse dia, consciência de classe, trabalho, pão e poesia.”
Para José, o projeto trouxe visibilidade e reconhecimento ao seu trabalho na região.
“É um projeto que me trouxe retorno e reconhecimento em Suzano. As pessoas que passam por lá tiram fotos, enviam para mim e postam. Acho muito interessante porque há um fluxo muito bom de pessoas doando livros.”, comentou o escritor.
Filho de uma dona de casa e de um agricultor que também era repentista, José explica como a cultura nordestina influenciou suas obras.
“Sempre gostei de literatura e de ler. Participar dos saraus me fez retomar minha relação com o Nordeste, com a literatura nordestina e com o repente do meu pai, que não é a minha linha de escrita, mas é minha referência e base.”, ressaltou.
Apesar de ter como base a cultura nordestina, José afirma que encontrou sua identidade literária ao descobrir a literatura de protesto.
“Em 2006, quando entrei na faculdade de Filosofia, comecei a pesquisar a literatura marginal e a literatura dos anos 70, que é uma literatura de protesto. Junto a isso, descobri no movimento de sarau a literatura de periferia. Foi aí que me encontrei, unindo esses elementos na minha escrita.”, afirmou.
Atualmente, Poeta Seu Zé trabalha com seu livro “Ser casa, ninho, asa, passarinhos”, publicado em 2021. A obra provoca reflexões nos leitores ao usar a metáfora do passarinho para questionar as liberdades humanas e inspirar a busca por formas de ser livre.
Sobre o papel da literatura, ele deixa um recado:
“A literatura mudou minha vida a partir do momento em que recebi meu primeiro livro, que foi um dicionário. Acredito que precisamos usar a literatura para nosso esclarecimento e transformação.”, concluiu.
Para acompanhar as obras do Poeta Seu Zé, siga o perfil @poetaseuze no Instagram.











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