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24 de janeiro, Dia Mundial da Cultura Africana e Afrodescendente: conheça a UNEAfro, que empodera a juventude negra da região do Alto Tietê através da educação popular

Nesta sexta-feira (24), celebra-se em todo o Brasil o Dia Mundial da Cultura Africana e Afrodescendente, instituído em 2019 pela UNESCO para destacar as contribuições culturais, sociais e históricas dos povos africanos e seus descendentes em todo o mundo. No Brasil, essa data tem ainda mais relevância, por evidenciar a diversidade de expressões culturais, que incluem música, culinária, religiões e outras manifestações.
Nesse contexto, a UNEAfro se apresenta como uma importante ferramenta de transformação social, conectando educação e questões raciais.
Em entrevista ao portal Hoje Diário, Stefany Santos, coordenadora do “Núcleo 11 de Agosto” da UNEAfro em Poá, destacou o papel fundamental da organização desde o ano 2000.

“A UNEAfro traz para dentro de suas aulas e formações políticas atividades voltadas aos temas que fazem essa conexão direta com a história afro-brasileira. Temas como ancestralidade, religião, musicalidade e colonização são abordados em nossas formações”, explicou.

Stefany reforçou que a educação é uma ferramenta poderosa para a formação de cidadãos conscientes.
“Em um país como o Brasil, o último a abolir a escravidão, onde o racismo está presente nas estruturas da sociedade, ter espaços educativos que discutam questões como racismo e desigualdade social é de extrema importância. Isso ajuda a formar cidadãos conscientes sobre a política ao seu redor e sobre como a sociedade funciona”, declarou.

A UNEAfro utiliza a educação popular para empoderar a juventude negra e periférica.
“Os cursinhos, por exemplo, são espaços para que a juventude negra e periférica assuma o papel de liderança, tenha acesso ao ensino superior e se reconheça como agente transformador de sua própria realidade. Mesmo após se formarem, muitos jovens entendem a importância desse trabalho e lutam para que mais vidas sejam impactadas”, destacou Stefany.

Além disso, a organização incentiva o protagonismo negro e resgata a ancestralidade, promovendo autoestima e consciência política.

Stefany reconheceu que, apesar das conquistas, ainda há desafios a serem enfrentados.
“Vivemos em um cenário de desigualdades estruturais, onde o racismo continua sendo uma grande barreira. No entanto, a educação e a valorização das culturas africanas e afrodescendentes são ferramentas que ajudam a construir uma sociedade mais justa e consciente”, afirmou.

Por fim, conhecer e valorizar a cultura africana e afrodescendente é essencial para reconhecer a história da população negra, bem como seu papel na construção da sociedade. Para Stefany, lutar por um futuro mais inclusivo e igualitário é o melhor caminho para enfrentar o racismo, alinhando-se à visão da escritora e filósofa Djamila Ribeiro, apresentada em seu livro Pequeno Manual Antirracista.

Foto: Reprodução/Redes sociais
Foto: Reprodução/Redes sociais