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18 de abril, Dia Nacional do Livro Infantil: conheça grandes autores infantis de Suzano e Mogi das Cruzes

Nesta sexta-feira (18), o Brasil celebra o Dia Nacional do Livro Infantil, instituído em 2002 por meio de uma lei em homenagem ao nascimento de Monteiro Lobato, grande nome da literatura infantojuvenil brasileira. Para marcar a data, dois autores do Alto Tietê — o morador de Mogi das Cruzes, Sérsi Bardari, e o suzanense Sacolinha — compartilharam com o portal Hoje Diário reflexões sobre o poder transformador da literatura na infância, destacando os desafios contemporâneos e a importância da representatividade.

Sérsi Bardari, jornalista, mestre e doutor em Letras, lembrou com carinho de sua introdução à leitura.
“Os livros que marcaram minha infância foram os de Monteiro Lobato, cujas histórias se passavam no fictício Sítio do Pica-Pau Amarelo. Esses livros me influenciaram a ser questionador, a ter pensamento crítico, a não me deixar manipular por qualquer pessoa”, contou.

O autor também comentou sobre sua obra “A Maldição do Tesouro do Faraó”, que carrega um significado especial em sua trajetória.
“Gostei muito de escrever esse livro, pelo que ele representa de possibilidades para as crianças sonharem com universos maiores do que aqueles aos quais estão vinculadas. Os anos 1980 e 1990 foram precedentes ao surgimento da internet. A leitura de livros era bastante praticada. Por isso, o mercado editorial passava por um momento de grande euforia. Os jovens eram mais gregários, isto é, curtiam a vida de modo mais coletivo”, disse.

Aos jovens leitores da região, Bardari deixou um conselho valioso.
“Para os jovens do Alto Tietê, eu diria que há um mundo repleto de novos conhecimentos em outros lugares e que esse conhecimento pode ser acessado por meio da literatura. A leitura nos prepara para fazer as melhores escolhas para nossas vidas”, finalizou.

Já Ademiro Alves de Sousa — ou, como é conhecido, Sacolinha —, escritor e gestor cultural de Suzano, reconhecido por seu trabalho em comunidades periféricas, destacou os desafios da atualidade na formação de leitores.
“Nossa maior dificuldade é quando os pais oferecem telas para as crianças. Porque aí a disputa fica difícil, pois as telas são animadas. No caso de um celular com acesso à internet, se a criança não gostou daquela tela, ela passa para a próxima. Nesses casos, fica difícil mostrar que um livro é mais interessante que um celular”, afirmou.

O autor também ressaltou o poder da representatividade.
“Meus livros trazem muita representatividade. Minhas filhas, por exemplo, são meninas negras de periferia, e isso permite que muitas crianças se enxerguem nos livros. Faz essa criança entender que ela é importante, ela importa e ela é interessante”, disse.

Por fim, para Sacolinha, a literatura infantil é fundamental na formação de cidadãos conscientes.
“Na verdade, o livro infantil é o único meio de formação de crianças conscientes e críticas. Pois os livros infantis permitem que cada criança interprete a história à sua maneira”, finalizou.

Foto: Arquivo pessoal
Sérsi Bardari/Foto: Arquivo pessoal
Foto: Arquivo pessoal
O escritor Sacolinha/Foto: Arquivo pessoal