Há umas semanas atrás eu falei a respeito do Lixo Eletrônico, e me chegam mais informações aqui que quero conversar com meu leitor.
Em termos de geração de lixo eletrônico, a China com 10,1 milhões de toneladas e os Estados Unidos com 6,9 milhões de toneladas lideram o ranking mundial de lixo eletrônico. Nosso país, é o 5º. maior gerador de e-waste e o maior na América Latina, produzindo cerca de 2,4 milhões de toneladas anualmente, o problema aqui é que a taxa de descarte correto no Brasil é muito baixa, apenas 3% do total.
A legislação sobre lixo eletrônico também apresenta incongruências em diferentes países. Na América Latina, países como México, Costa Rica, Peru e Colômbia têm iniciativas mais consolidadas, mas apenas Costa Rica, Equador e Peru possuem legislação específica sobre o descarte desses materiais.
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No Brasil, a Política Nacional de Resíduos Sólidos, Lei 12.305/2010, e o Decreto de número 10.240 de 2020 buscam regulamentar o descarte, mas a efetividade ainda é um desafio. Curiosamente, mesmo países desenvolvidos muitas vezes carecem de infraestruturas adequadas para o gerenciamento de todo o seu lixo. Isso me leva a pensar como alguém pode imaginar empreendendo um negócio como esse que bom que seria? Imagine armazéns onde os materiais pudessem ser separados para serem reciclados.
Existem, contudo, exemplos de boas práticas. A Áustria é reconhecida por sua eficiente gestão de resíduos sólidos urbanos, adotando abordagens sustentáveis que priorizam a reciclagem e a recuperação de materiais. Esses modelos podem servir de inspiração para outras nações que buscam aprimorar suas políticas e infraestruturas de gerenciamento de lixo eletrônico.
África, Caribe, Ásia Central e Oriental ainda não possuem legislação nacional sobre o tema e se sabe que países africanos recebem o lixo eletrônico de países europeus, e, existem relatos de jornalistas que mostram o povo, principalmente das camadas mais pobres da população, que coloca tudo numa fogueira para depois separar os metais. Essas ações causam impactos no meio ambiente tão severos quanto na saúde humana, afetando ecossistemas inteiros e comprometendo a sustentabilidade do planeta. A principal preocupação reside na contaminação do solo e da água.
Concluindo a demanda crescente por novos dispositivos eletrônicos impulsiona a mineração de matérias-primas virgens, como minérios metálicos e terras raras. Esse processo de extração é frequentemente associado a práticas insustentáveis, como o desmatamento, a degradação do solo e a poluição da água em regiões de mineração. A falta de reciclagem eficiente do lixo eletrônico significa que esses materiais valiosos não são recuperados e reutilizados, perpetuando um modelo de produção linear que esgota os recursos naturais do planeta.