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Motel é interditado no distrito de Jundiapeba, em Mogi das Cruzes por falta de licença; fiscalização foi intensificada após mortes em estabelecimentos da mesma região

Um motel localizado no Distrito de Jundiapeba, em Mogi das Cruzes, foi interditado e multado pela Secretaria Municipal de Segurança na tarde da última terça-feira (23) por operar sem a documentação obrigatória. O estabelecimento já havia sido notificado na semana anterior a suspender as atividades, mas foi flagrado funcionando normalmente durante nova fiscalização.

A ação faz parte da “Operação Motel Seguro”, que foi intensificada após três mortes registradas em motéis da mesma região em um intervalo de sete dias. As circunstâncias semelhantes entre os casos aumentaram a preocupação com a segurança desses locais.

Coordenada pelo Departamento de Fiscalização de Posturas, a operação teve início em 15 de setembro, com a vistoria de sete motéis da cidade. Durante a primeira etapa, dois estabelecimentos foram notificados a renovar seus licenciamentos, enquanto outros dois tiveram as atividades suspensas por estarem com o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) vencido e sem licenciamento válido.

As equipes retornaram aos motéis interditados para verificar se as determinações estavam sendo cumpridas. Um dos locais foi encontrado em funcionamento, descumprindo a ordem de paralisação, e acabou interditado novamente. O estabelecimento só poderá retomar as atividades quando regularizar toda a documentação exigida.

Segundo o secretário municipal de Segurança, Gilberto Ito, as fiscalizações são realizadas durante todo o ano, mas foram reforçadas recentemente para garantir mais segurança aos usuários dos serviços, em razão dos óbitos registrados na região.
Durante as vistorias, os agentes verificam documentos como o certificado de licenciamento integrado, os alvarás e o AVCB, além de inspecionar as condições físicas dos ambientes.

Três mortes em uma semana aumentaram atenção sobre motéis

A intensificação das fiscalizações foi motivada por três mortes ocorridas entre os dias 13 e 20 de setembro em dois motéis de Jundiapeba. Os casos ganharam repercussão nacional e chamaram atenção pelas semelhanças nas circunstâncias.

O primeiro caso foi registrado em 13 de setembro. O policial militar Eduardo Silvestre, de 47 anos, e Luana Ferreira Barbosa, de 33, foram encontrados mortos dentro de uma banheira em uma das suítes. Um funcionário entrou no quarto após várias tentativas de contato. A água da banheira estava com coloração avermelhada, mas não havia sinais aparentes de lesões. A arma e os pertences do policial estavam no carro, estacionado na garagem da suíte, sem indícios de uso. O caso foi registrado como morte súbita, e exames toxicológicos e necroscópicos foram solicitados para apurar as causas.

Sete dias depois, em 20 de setembro, o vigilante Roberto Alves dos Santos Junior, de 44 anos, foi encontrado morto em outro motel da mesma avenida. Ele havia chegado ao local acompanhado de duas pessoas, que deixaram o local sem pagar, o que chamou a atenção dos funcionários. Ao verificarem o quarto, encontraram Roberto já sem vida, sozinho em uma banheira vazia. As câmeras de segurança registraram o casal saindo discretamente cerca de uma hora após a entrada. Segundo a Polícia Militar, a causa preliminar da morte foi parada cardiorrespiratória. O SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi acionado por volta das 6h, mas a vítima já não apresentava sinais vitais.

Os dois casos seguem sob investigação, e os laudos oficiais ainda não foram divulgados.