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“Trastuzumabe Entansina”: Sistema Único de Saúde (SUS) inicia distribuição de novo medicamento para tratamento do câncer de mama; médico oncologista Jorge Abissamra Filho fala sobre o tema

O Ministério da Saúde recebeu na última segunda-feira (13) o primeiro lote do medicamento “Trastuzumabe Entansina”, utilizado no tratamento do câncer de mama HER2-positivo. A remessa inicial contém 11.978 unidades e integra um cronograma de quatro entregas previstas até junho de 2026; a primeira deve acontecer em dezembro de 2025. O fármaco é indicado para pacientes que não apresentam resposta à quimioterapia inicial, oferecendo uma nova alternativa terapêutica dentro do Sistema Único de Saúde (SUS).
Com investimento de R$ 159,3 milhões, o governo adquiriu 34,4 mil frascos-ampola do medicamento, quantidade suficiente para suprir 100% da demanda atual do sistema público de saúde. A previsão é beneficiar cerca de 1.144 pacientes já em 2025. A distribuição será realizada pelas secretarias estaduais de Saúde, conforme diretrizes clínicas estabelecidas.

A entrega do novo tratamento ocorre durante o “Outubro Rosa”, mês de campanha de conscientização sobre o câncer de mama. Para o Doutor Jorge Abissamra Filho, médico oncologista da região, este medicamento mostra um novo cenário.
“A chegada do Trastuzumabe Entansina (Kadcyla) ao Sistema Único de Saúde (SUS) representa um avanço muito importante para as pacientes com câncer de mama HER2-positivo, uma das formas mais agressivas da doença. Esse medicamento combina o efeito do trastuzumabe, que é um anticorpo direcionado contra o HER2, com um agente quimioterápico potente ligado a ele, formando um ‘míssil inteligente’ capaz de levar a quimioterapia diretamente à célula tumoral, poupando os tecidos saudáveis. Ele é indicado para pacientes que mantêm atividade da doença mesmo após a quimioterapia tradicional, oferecendo uma nova possibilidade de controle, maior sobrevida e melhor qualidade de vida. A distribuição nacional pelo Sistema Único de Saúde (SUS) é um passo histórico de equidade: garante acesso a uma terapia que até pouco tempo atrás estava restrita a quem tinha convênio ou recursos próprios. É uma vitória da oncologia e, principalmente, das mulheres brasileiras”, concluiu.