No mês em que se celebra o Dia Mundial do Diabetes, Suzano receberá o 1º Encontro de Pessoas com Diabetes Tipo 1 no dia 15 de novembro (sábado), no Parque Municipal Max Feffer, a partir das 12h. O evento, organizado por Jéssica Ribeiro, moradora da cidade, contará com roda de conversa, piquenique e brincadeiras.
O portal Hoje Diário conta a história de Jéssica, mãe de Laura, de 10 anos, diagnosticada com diabetes tipo 1 em dezembro de 2023. Desde então, a rotina da família se transformou em uma verdadeira batalha pela saúde da menina.
“Tudo começou no fim de 2023. A Laura foi dando sinais aos poucos, mas eu não imaginava que pudesse ser algo tão grave”, relembra Jéssica.
“No dia 27 de dezembro, ela estava muito apática, pálida, com muito sono, sede e fome. No dia seguinte, percebi que a respiração estava ofegante e a levei para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento). A médica achou que fosse uma crise de asma, aplicou um corticoide e nos mandou embora. Quando chegamos em casa, ela desmaiou”, relatou.
A partir desse momento, a vida de Laura e da mãe virou de cabeça para baixo. Na volta à unidade de pronto atendimento, uma enfermeira desconfiou do diagnóstico e realizou o teste de glicemia, confirmando o diabetes tipo 1.
“Foi uma correria para tentar salvar a vida dela. O corticoide piorou tudo e ela entrou em coma. Foram dias de desespero”, conta Jéssica.
A menina foi transferida às pressas para o Hospital Luzia de Pinho Melo, em Mogi das Cruzes, onde ficou quatro dias entubada.
“O coração dela esquecia que tinha que bater, então precisaram aplicar adrenalina várias vezes. Ela teve parada respiratória e retenção de urina. No dia 2 de janeiro, ela finalmente acordou e olhou para mim. Foram 13 dias de internação”, afirma.
Desde então, Jéssica vive uma rotina de vigilância constante.
“A gente não tem descanso nem de madrugada. Já acordei com ela passando mal porque a glicemia caiu demais. Preciso furar a pontinha do dedo, ver se precisa comer ou aplicar insulina”, explica.
A luta da mãe também se estende fora de casa.
“Estamos pedindo mais visibilidade e tentando implantar o sensor Libre, que apita quando a glicemia está subindo ou caindo. Tem muita coisa envolvida por trás do diabetes, e a gente acaba sendo muito invisível”, defende.
Além do diabetes tipo 1, Laura convive com asma, o que torna o tratamento ainda mais delicado. Desde o diagnóstico, ela já passou por três internações.
“A minha filha tem o agravante de ter asma. Tudo isso aconteceu de 2023 para 2024 e, em janeiro deste ano, ela teve sua terceira internação por causa da diabetes. Ela foi a um aniversário e esqueceram que precisava tomar insulina, então acabou parando no hospital. Foram mais três dias internadas no Luzia [Hospital Luzia de Pinho Melo, em Mogi das Cruzes]”, contou.
Para Jéssica, o maior desafio é lidar com a invisibilidade que muitas famílias enfrentam.
“Nosso objetivo é reunir os DM1 da cidade, pois, como ainda não é classificado como deficiência, somos invisíveis. Eu e mais uma mãe nos juntamos para ter voz na cidade. Já procuramos algumas autoridades e, em prol de nossas crianças, resolvemos promover um evento de conscientização sobre o diabetes, um encontro de mães que se apoiam”, afirmou.
A outra organizadora da ação é Maria Damer, mãe de Maria Eduarda Damer, de 9 anos, que também possui diabetes e é amiga de Laura. Segundo Jéssica, a amizade das meninas nasceu por causa da condição que as uniu.
Os interessados em participar da iniciativa podem comparecer ao Parque Max Feffer, localizado na avenida Senador Roberto Simonsen, número 90, no Jardim Imperador.









 




























