O pré-candidato a vereador de Suzano, Reginaldo Macedo, o Professor Reginaldo, concedeu uma entrevista ao programa Hoje no Ar, do Grupo Hoje de Comunicação, nesta quinta-feira (25). Durante o bate-papo, ele falou sobre os desafios atuais da educação, além de sua trajetória política e suas expectativas para as eleições de 2024.
Macedo possui uma longa caminhada como militante político na cidade de Suzano. Casado e pai de três filhos, é filiado ao diretório municipal do Partido dos Trabalhadores (PT) de Suzano, tendo sido presidente da sigla na cidade por dois mandatos.
É professor de Química há 30 anos e morador de Suzano desde 1980. Atuou como assessor na Assembleia Legislativa de São Paulo (ALESP), na Câmara Municipal de Suzano e foi secretário Municipal de Defesa Social e Prevenção à Violência de Suzano durante os governos de Marcelo Candido, além de ter atuado em outras pastas.
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“Vim para cá do interior, de Queiroz, com a minha família. Meu pai, por influência de um primo, foi trabalhar numa metalúrgica no ABC Paulista e foi quando mudamos para Suzano, no Parque Maria Helena e Vila Maluf, onde moro até hoje”, contou.
Durante a entrevista, o pré-candidato mencionou que a cidade passou por muitos avanços, mas ainda assim sofreu com o aumento da insegurança.
“Eu sinto saudades daquela Suzano de quando cheguei. Fico feliz pelo progresso, mas não tínhamos a violência que temos hoje. Tenho dois filhos menores e não os deixamos sair sem que sejam acompanhados porque a todo momento temos a sensação de um perigo iminente”, disse.
Quando secretário responsável pela segurança do município, lembrou das iniciativas inovadoras que tomou na época.
“Essa pasta foi criada em nosso governo, porque antes não existia. Eu assumi no lugar do meu amigo Derli Dourado e tínhamos plena noção do nosso dever. Entre elas foi a criação do plano de carreira para nossos guardas civis municipais, porque até então não existia concurso público para eles. Depois que assumimos, fortalecemos muito a segurança da cidade. Fico feliz ao ver, hoje, os GCMs equipados, com motos, viaturas, sabendo que ali tem um pouco de nós. Defendo e sempre defendi o fortalecimento desta corporação”, disse.
Ressaltou o porquê de ter decidido sair como pré-candidato a vereador em 2024 e como enxerga a política municipal.
“A primeira vez que fui chamado para sair como vereador foi em 2004, mas na época perdi minha esposa e acabei desistindo. Mas desta vez, decidi sair porque quero fazer a diferença. Sempre respeitei a visão de todos, independente da visão política, ninguém é obrigado a defender o que eu defendo, sou moderado e acredito que eu teria muito mais condições de ajudar a cidade na condição de vereador. Entendo o mandato do vereador como um instrumento de luta para trazer melhorias para a cidade”, destacou.
Ainda fez uma crítica sobre como o papel do vereador é muitas vezes representado e relembrou os deveres como legislador da cidade.
“Nós, do partido, pensamos, somos analíticos, fazemos autocrítica, somos pessoas que têm uma forma diferente de encarar a cidade e levar as discussões para a cidade, além de transparência no prestar contas. O papel do vereador é fiscalizar o Poder Executivo. Temos um orçamento de R$ 1,5 bilhão e é necessário fiscalizar o uso do dinheiro público, propor leis que melhorem a condição de vida dos moradores da cidade. Temos que aumentar o nível de discussão do papel do vereador”, afirmou.
Também falou que o maior desafio atual da educação não são somente os métodos de estudo, mas a necessidade de estrutura e apoio ao professor.
“Há muitas metodologias hoje em dia que até o professor se confunde, mas o ensinar não tem segredo. O que é necessário é dar condições e estrutura aos professores. Ainda temos pessoas analfabetas, analfabetos funcionais. Não é só tablet, notebook, internet que vai melhorar a educação, mas dar dignidade e investir nos professores”, disse.
Por fim, afirmou que a vivência como professor o ensinou que lecionar é uma luta constante e lhe faz encarar a realidade como ela é.
“Qualquer que seja o curso de licenciatura que você escolheu, lecionar foi uma decisão sua e tem que encarar como uma profissão. Minha militância, principalmente na Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), sempre me influenciou. Sempre trabalhei nas escolas da periferia nos meus 30 anos como professor e ali você tem um diagnóstico dos problemas reais enfrentados no dia a dia das pessoas”, destacou.
Assista à entrevista completa, abaixo.