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7 de fevereiro, Dia Nacional de Luta dos Povos Indígenas: a tecnologia como forma de resistência cultural nas aldeias

No Brasil, nesta sexta-feira (07), comemora-se o Dia Nacional de Luta dos Povos Indígenas, uma data que reforça a resistência e a luta dos povos originários por seus direitos, territórios e reconhecimento cultural.
Em um cenário de desafios constantes, indígenas de diferentes etnias têm encontrado na tecnologia uma aliada fundamental para preservar sua cultura. Esse é o caso de Djeguaka Mirim, mais conhecido como Dudu. Morador da aldeia Rio Silveira, em Bertioga, e com passagem pela aldeia M’Boiji, em Mogi das Cruzes, o jovem indígena utiliza as redes sociais para promover e fortalecer as tradições dos povos originários.

Para ele, em entrevista ao portal HojeDiario.com, a internet é uma ferramenta poderosa na luta contra o apagamento cultural.
“Essas ferramentas ajudaram a mostrar a realidade do povo indígena: o sofrimento, o que a gente está passando. Porque as mídias nem sempre mostram o que acontece, o genocídio e o nosso sofrimento. Por isso, a tecnologia, por um lado, pode ser uma grande aliada dos povos indígenas, ajudando a fazer denúncias contra nossos opressores e a desconstruir o pensamento estereotipado sobre nossas crenças e culturas”, afirmou.

Por meio de vídeos, lives e postagens, ele compartilha seu cotidiano, costumes e a sabedoria ancestral de seu povo, que ainda é preservada pelos povos originários.
“A tecnologia também ajudou muito com a chegada das câmeras e dos celulares, porque possibilita mostrarmos como ainda preservamos nossa cultura: nossa língua, as danças e os cânticos”, disse.

Apesar de serem protegidas por leis, Dudu explica que ainda há grandes desafios para as aldeias.
“Mesmo com os avanços que a FUNAI ofereceu, nós, povos indígenas, sofremos com a falta de proteção necessária para todos os territórios. Há muitas questões envolvidas. Existem territórios sem demarcação, e, por isso, invasores aproveitam para invadir as terras para garimpos ilegais e desmatamentos”, ressaltou.

A luta indígena ganhou um novo capítulo nesta semana com a regulamentação do poder de polícia da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (FUNAI). O decreto número 12.373/2025, assinado na última segunda-feira (03), concede mais autonomia à autarquia para atuar na defesa dos indígenas, prevenindo invasões em terras demarcadas e protegendo seus direitos. Segundo a presidenta da FUNAI, Joenia Wapichana, “Pela primeira vez na história, a Funai tem o poder de polícia reconhecido formalmente. Isso representa um avanço fundamental para a proteção dos povos indígenas e a garantia do que já está previsto em lei”.

A regulamentação da FUNAI permite interditar áreas em risco, retirar ocupantes ilegais, solicitar apoio de segurança e punir infrações como remoção forçada, degradação cultural e ambiental e uso indevido da imagem indígena.