Longe de mim querer colocar medo em alguém, mas não dá para não imaginar que as ameaças nucleares se tornem uma realidade. A palavra apocalipse vem do grego e significa revelação. O livro do Apocalipse é bastante simbólico e apresenta uma metáfora do jogo de poder muito comum em todas as civilizações humanas ao longo da história, e quando estamos face a face com uma guerra, essas simbologias acabam fazendo-nos refletir.
O livro fala em guerras, fomes e epidemias de doenças e sinais celestiais que alertarão o mundo para algum tipo de crise. Então virá um falso messias, que pode ser qualquer pessoa que tenha o poder, seja esse poder bélico, financeiro ou político que estabelecerá controle sobre toda a Terra. Teremos fenômenos cósmicos, naturais ou pandêmicos.
Imaginem alguém hoje lendo esse livro e fazendo o levantamento de mortes pela pandemia de Covid-19, pelas guerras, pelos ataques terroristas das duas últimas décadas, dos vírus de diferentes tipos de influenza, das guerras e da ameaça nuclear… O que essa pessoa pensaria: “Estamos no Apocalipse!”
Sempre estivemos. Acredito que a simbologia do livro é a própria trajetória da história das civilizações humanas. Grandes impérios sucumbiram, poderosos morreram, populações inteiras foram escravizadas ou pereceram em guerras injustas.
O apocalipse é todos os dias, em todos os cantos do mundo. Não precisamos de guerras ou explosões nucleares, precisamos de humanidade, compaixão e fé!
No final do livro da revelação, o bem vence o mal! Quando se vive num cenário, como o que vivemos atualmente com a visão do sofrimento que o mundo passa antes da feliz resolução: o sofrimento dos justos, cataclismo cósmico, cataclismo social, doenças, terremotos; tudo o que povoa nosso imaginário coletivo parece nos dizer que o relógio de Deus está marcando suas últimas horas.
Mas não se engane, os seres humanos serão sempre assim: uma civilização desaparece e emerge outra no seu lugar e a história há de se repetir.
(Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do HojeDiario.com)
