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“Imbrochável ou Imbroxável Presidente?”, por Marcelo Cândido

O inominável Presidente da República puxou um coro durante os eventos não oficiais em comemoração ao bicentenário da independência do Brasil, em plena explanada dos ministérios em Brasília, que levantou (ops!) sérias dúvidas em quem acompanhava atentamente seu discurso. Afinal ele conclamou os brasileiros de bem (ou de bens como ele e sua familícia) a gritar em relação a si “imbrochável” ou “imbroxável”? Quando muitos pensavam que o Presidente fosse aproveitar os atos oficiais para falar indevidamente de eleição, ele falou sobre ereção!

Vou aqui tentar ajudar a compreender o ocorrido porque essa questão é decisiva para o destino do país, pois, na ausência de grandes e graves problemas a nos apoquentar, por que não nos debruçarmos sobre esse ereto dilema! O chefe da nação não é brocha ou não broxa? Há diferença no uso das grafias? Pelo que aprendi com o professor Pasquale as duas formas são aceitas para o mesmo significado. Mas o dicionário Aurélio faz um reparo que leva as duas formas a terem significados levemente distintos.

Segundo o Vocabulário ortográfico da língua portuguesa (Volp), da ABL (Academia Brasileira de Letras), com “ch” a palavra significa “prego”. Com “x” significa “pincel”. Se escrito com “x”, por extensão, a palavra sugeriria que o pincel poderia curvar-se verticalmente para baixo, o que permite o uso do termo na forma figurada da linguagem para um individuo sexualmente impotente. O prego, ao contrário do pincel, se mantém firme.

Entendido como uma situação em que um membro sexual masculino não se mantém rígido, ou seja, declina involuntariamente, segundo o dicionário Aulete, broxar se escreveria com “x”. Neste caso o termo teria um uso vulgar como alternativa ao uso da forma com “ch”. Assim seria o meio preferível da escrita caso se queira indicar um sujeito incapaz de manter a integridade de uma relação sexual conforme convenções medianamente aceitas.

No dicionário Houaiss, o certo seria utilizar a palavra com “ch” para vulgarmente indicar um sujeito impotente sexualmente ou mesmo diante de qualquer outro significado aceito pelo vocabulário da língua portuguesa. Curiosamente este último dicionário deixa por conta de quem escreve escolher uma ou outra forma, deixando o sentido por conta de quem o aplica conforme suas intenções. Voltando ao dicionário Aurélio, se é para afirmar que alguém é broxa, como parece ter sugerido o presidente autoproclamado potente, escreve-se com “x” mesmo. Pelo que pude observar ao longo da cobertura jornalística, a forma predominante de escrever foi com “ch”.

Diante de tão intrigante questão seguirei o conselho do monumental dicionarista Houaiss, ou seja, tanto faz. Afinal, ter um capitão que prefere exaltar suas duvidáveis capacidades sexuais ao lado da primeira-dama do país meses após o escândalo da compra dos Viagras pelo Exército Brasileiro, me parece muito, mas muito necessário para o bem do país.

Falar sobre a fome, a inflação, as mortes pela covid, os preços dos combustíveis ou mesmo sobre a importância das comemorações do bicentenário da independência do Brasil parece ser exigência demais ao impotente presidente que nos desgoverna. Ainda bem que o dia 2 de outubro está pertinho e a gente vai se livrar desse pestilento e de sua turba de alienados marchando em ordem unida como se gente não fosse. Vão brochar nas urnas, como disse uma amiga.

Fora Brochonaro!

(Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do HojeDiario.com)