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“Quatro anos depois, conto como ficou o caso do acidente com ônibus na Mogi-Bertioga”, por José Beraldo

O acidente que ocorreu na rodovia Mogi-Bertioga e deixou 18 mortos completou 4 anos no dia 8 de junho. O ocorrido se trata de um tombamento de veículo, no caso um ônibus fretado, que fazia o transporte de estudantes universitários de São Sebastião para Mogi das Cruzes. Ao todo contabilizava-se 35 passageiros, sendo que 17 ficaram feridos e outros 18 morreram, sendo um deles o motorista, Antônio Carlos das Silva.

Eu, advogado, José Beraldo, estou responsável pela luta dessas famílias dentro dos tribunais desde o acidente, e, agora, contarei exclusivamente como anda o caso após 4 anos do ocorrido.

Todos os processos de indenizações estão no Tribunal de Justiça de São Paulo. Busco a justiça à favor de 11 famílias, requerendo o aumento no valor das indenizações por danos morais para os pais dos universitários.

O processo corre sobre a descrição de crime, sendo por 18 homicídios culposos e lesões corporais contra a proprietária e dois diretores da Empresa União do Litoral. O processo está correndo na Justiça de Bertioga, entretanto, sem previsão de julgamento, sendo que, o Instituto Criminalísta comprovou o rompimento do tambor do freio por falta de revisão periódica.

Houve um bloqueio dos ônibus da empresa em questão para garantia das indenizações, mas infelizmente, a justiça brasileira é lenta e mesmo com todos esforços legais e jurídicos os processos continuarão em andamento por alguns anos.

É preciso uma revitalização e uma reforma no judiciário quanto ao andamento de processos. A morosidade é muito tormentoso a aqueles que buscam seus direitos. Costumo lembrar que justiça lenta é uma forma de se promover injustiça.

Encerro lembrando que o motorista faleceu como um herói, pois evitou que o pesado coletivo caísse na ribanceira, o que poderia ter causado a morte não somente de 17 passageiros e a dele, mas a de todos.

(Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site HojeDiário.com)