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Padre Claudio Taciano, da Igreja Matriz de Suzano, completa 22 anos de sacerdócio, neste sábado (1°)

O padre Claudio Taciano completa, neste sábado (1º), 22 anos de ordenação ministerial. Deste tempo, ele está há sete anos à frente da Paróquia São Sebastião, a igreja Matriz de Suzano. As mais de duas décadas de sacerdócio ensinaram diversas lições e só lhe aumentam o desejo de amar e cuidar das pessoas.

A caminhada, porém, começou há um bom tempo. Nascido em 1975, seu interesse em ser padre surgiu quando ainda era um jovem coroinha no final da década de 1980.
“Como coroinha, me identifiquei com a vida clerical e comecei a fazer encontros vocacionais. Em 1993 decidi, em concordância com o padre que cuidava do meu acompanhamento, a entrar no seminário”, contou.

De início, a família se surpreendeu com a decisão.
“Meus pais e minha família se assustaram um pouco na hora que contei a minha decisão, mas depois me apoiaram e estiveram ao meu lado”.

O processo foi longo. Para se tornar padre, é necessário participar de uma série de encontros vocacionais, além de ter uma carta favorável do padre da Paróquia em que o candidato ao ministério atua.

Depois ter a autorização do padre responsável pelo acompanhamento, o aspirante ao sacerdócio deve ainda passar por duas faculdades, que totalizam cerca de oito anos de estudo. Com a aprovação do reitor, dos padres que formam o conselho e do bispo responsável, a pessoa está pronta para ser ordenada.

Mas até que o padre assuma uma igreja, leva algum tempo. Pelo menos, foi assim para Taciano.
“Depois de ordenado, fiquei um ano ajudando um padre, depois assumi uma Paróquia em Mogi das Cruzes. Depois fui para Suzano, voltei para Mogi das Cruzes e hoje estou em Suzano novamente, agora na Paróquia de São Sebastião”, explicou. Claudio ainda destaca que a rotina da vida de padre sempre é um novo momento para a vida do jovem recém-formado no seminário.
“O dia a dia vai ensinando a gente, a ter mais serenidade e paciência para se abrir a uma nova e exigente etapa. Uma coisa é o seminário outra coisa é a rotina na paróquia”.

Um dos momentos mais marcantes de sua jornada como padre foi quando teve a oportunidade de celebrar a Eucaristia no próprio Vaticano.
“Na minha caminhada sacerdotal, creio que o que me marcou foi ter participado, em 2010, da maior concelebração eucarística da história de Roma. Estávamos em 15 mil sacerdotes no Vaticano, juntos com o Papa Bento XVI, no encerramento do Ano Sacerdotal. Naqueles dias tive oportunidade de rezar também no túmulo do Papa João Paulo II e de outros papas”, contou.

Em 2016, foi lhe dada uma das tarefas mais intensas de sua carreira: assumir a Igreja Matriz de Suzano, a Paróquia São Sebastião. Localizada na Praça João Pessoa, na região central e sendo a primeira igreja da cidade seria a maior paróquia que dirigida por ele. Apesar do peso, o padre não sentiu pressão.
“A chegada na Paróquia de São Sebastião foi tranquila, pois já havia ficado quase oito anos na Paróquia do Bom Pastor em Suzano. Como as paróquias são próximas, trabalhamos quase que no mesmo quintal. Claro que o centro da cidade é mais intenso e aqui a Igreja funciona de Domingo a Domingo, mas até aqui não tenho o que reclamar, aliás de nenhuma paróquia que passei, todas foram muito afáveis comigo”, disse.

Em relação às pessoas, o padre disse que amadureceu muito e tem sido cada vez mais maduro e empático ao cuidar delas.
“Depois de duas décadas de padre, hoje entendo melhor o lado das pessoas que procuram a Igreja e os sacramentos e me dou melhor, (e muito bem!), com pessoas que não vão à Igreja, de outras religiões e até quem não acredita em Deus. Penso que o respeito é mútuo e é também um gesto religioso e cristão”, ressaltou.

Claudio também ressaltou que há coisas que necessitam de atenção dentro da Igreja Católica para que ela ainda possa atingir e cuidar das pessoas.
“Uma Igreja de dois mil anos tem mais lentidão para mudar, e a tendência é de nos refugiemos num tipo de medievalismo moralista, que já deveria ter sido superado. O crescimento das denominações religiosas neopentecostais na política e na sociedade brasileira, indicam para nós que precisamos, dar mais atenção para os católicos não participantes”. Ainda assim, ele não acredita que a religião tem sido abandonada pelas pessoas porque acreditar que é impossível viver sem algum tipo de crença.

“A religiosidade é algo inerente ao ser humano, não dá para fugir disso. Há quem faça do ateísmo um tipo de crença. Mas depois da pandemia e de outras tragédias sociais, as pessoas vão percebendo que crer em Deus é uma questão de necessidade humana. Sem fé, ficamos presos em nós mesmos”, opinou.

Ele, porém, não acredita que ser indiferente a religião é a maior das preocupações, mas sim, ser alguém que não busca fazer o bem.  
“Para aquele que não crê em Deus e é indiferente a religião, eu diria: fica em paz! Se você é uma pessoa boa e justa, você está perto de Deus e a minha frente, mesmo não crendo nele e não sendo religioso”, falou.

Refletindo sobre as duas décadas de ministério, ele disse como aconselharia o jovem recém ordenado Claudio Taciano.
“Se eu pudesse voltar no tempo, buscaria ser mais paciente do que fui e mais compreensivo do que fui. Hoje percebo mais claramente a importância da oração e dos amigos, bem como do perdão e do amor para progredir humanamente no serviço religioso”, disse.

Pensando sobre o que sonha para o futuro de sua vida ministerial, o padre disse que sonha em ver uma igreja que é capaz de abraçar mais as pessoas, mas que não abra mão de seus princípios.
“Para o futuro, espero fazer parte de uma Igreja muito mais acolhedora, em especial, com os casais indo para sua segunda união, mas que também trate seriamente a questão do celibato”, disse.

Sobre si, ele só deseja ser capaz de amar mais as pessoas.
“Em relação a minha pessoa, sempre acreditei que Deus escolhe os fracos para confundir os fortes. Espero que com o passar dos anos, me torne ainda mais humano. Na verdade, tenho uma dívida de gratidão com Deus, ele me deu muito mais do que pedi”, finalizou.

Neste sábado (1º), será celebrada às 19 horas a missa de 22 anos da Ordenação Sacerdotal do Padre Claudio Taciano, na Paróquia São Sebastião, localizada na Praça João Pessoa, na região central de Suzano.