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“Algoritmos II”, por Luci Bonini

Eu já abordei aqui o que é um algoritmo. Naquele texto eu explicava como os algoritmos dominam nossa vida nas redes sociais: as pessoas que você busca para fofocar da vida alheia vão receber uma chamada assim: Você conhece Fulano de Tal? Quando você busca coisas para comprar, e desiste, ou já comprou, outros fornecedores vão oferecer para você o mesmo produto e produtos semelhantes e assim vai porque um algoritmo se instala no mecanismo de seu celular ou computador e ele fica repetindo as mesmas coisas.

Assim como na tecnologia, na nossa vida também existem algoritmos que nos fazem repetir os mesmos comportamentos. Nossa educação, nossas crenças, nossa cultura de modo geral nos fazem julgar ações de outras culturas e repetir ações, ainda que erradas, porque simplesmente não conseguimos nos desvencilhar de certos atos por força dos nossos algoritmos internos.

Comportamentos repetitivos são algoritmos que se instalaram em nossa vida, entre eles: nunca vestir roupa xadrez, ou marrom, ou verde ou sei lá…, ou só vestir o mesmo tipo de roupa porque fica melhor que qualquer outra roupa que seja ou mais moderna, ou mais confortável. A mesma coisa com sapatos, com corte de cabelo, com comidas.

Eu mesma me pego com esses comportamentos repetitivos e tenho tentado me libertar deles, principalmente no que se refere a roupas e sapatos. Resisti ao uso do tênis durante muito tempo, atualmente não quero outra coisa no pé.

Falamos de roupas e sapatos, mas existe uma infinidade de algoritmos em nossas vidas que podem ou não ser ultrapassados ou substituídos por novos. Vemos muitas pessoas mudando de estilo de vida, de religião, de companheiros, de gênero etc. São mudanças bastante profundas que precisam ser planejadas.

Muitas vezes mudamos os algoritmos em virtude de doenças que podem alterar todo os demais modos de viver que tínhamos anteriormente.

O mais difícil é identificar e alterar o algoritmo que nos são impostos pela mídia, pelos governos, pelo sistema como um todo. Medos, crenças infundadas, cortinas de fumaça que são postas em certas coisas que nos fazem ter medo de tudo e todos.

Exemplos clássicos são: medo de mais uma guerra mundial, de uma explosão atômica, seja uma bomba ou uma usina, de uma invasão alienígena e, mais recentemente, o medo que se instalou de nova pandemia.

Eu não tenho respostas de como nos livrar desses algoritmos, mas uma consciência clara do que queremos em nossas vidas pode ajudar muito a escolhermos os algoritmos adequados.

(Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do HojeDiario.com)