Guilherme Boulos, ex-candidato à presidência da República em 2018 e à Prefeitura de São Paulo em 2020, visitou, nesta quinta-feira (17), a região do Alto Tietê na chamada “Virada Paulista”.
Em Suzano, o político foi entrevistado pelo site HojeDiario.com, na sede do Grupo Hoje de Comunicação, reforçou a oposição ao governo do presidente Jair Bolsonaro e destacou a necessidade na mudança do Governo de São Paulo, após mais de 30 anos de PSDB.
Em Mogi das Cruzes, Boulos visitou ocupações nos distritos de Jundiapeba e Brás Cubas.
Segundo Boulos em entrevista ao Grupo Hoje de Comunicação, a Virada Paulista não é uma pré-campanha, mas tem o objetivo de construir um projeto após ouvir o povo.
“A virada paulista é uma iniciativa de andar todo o estado de São Paulo e escutar as pessoas, dialogar com as lideranças dos movimentos sociais, sindicais e lideranças de vários setores da sociedade paulista para ajudar construir um projeto de mudança para o estado de São Paulo. O que a gente vê é um desgaste tremendo dos governos do PSDB, com 30 anos, quase uma capitania hereditária e com o estado paralisado. Somando isso com o desastre do governo Bolsonaro em nível nacional, você tem um sentimento muito forte de mudança. E precisamos traduzir isso em 2021 e não ter a cabeça só em 2022”, disse ele.
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Ele também se defendeu das acusações de “invasor” por fazer parte do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto. Ele disse ter orgulho de fazer parte do movimento e reforçou a legalidade constitucional das ocupações, além de dizer que “lutar por um teto é lutar por dignidade”. Além disso, ele disse como as acusações são regadas de desentendimento e preconceitos, mesmo o MTST já ter conquistado, segundo ele, casas para mais de 15 mil pessoas.
Ele relembrou a campanha à Prefeitura de São Paulo e acredita que os excelentes resultados o levaram a ser a principal escolha do PSOL para a disputa ao governo do Estado em 2022.
“Foi um Davi contra Golias. Eu tinha 17 segundos de televisão, não tinha máquina, não tinha aliança com nenhum grande partido e nós, na maior cidade da América Latina, tivemos mais de 2 milhões de votos. Isso foi resultado também do nosso projeto com a juventude, com esse desejo e sentimento de mudança. E isso cria espaço para que a gente possa compor uma frente para disputa do governo do estado de São Paulo”, disse Boulos
O psolista também criticou a postura de Doria, chamando-o de “antipopular” e “marqueteiro”, mesmo quando faz coisas boas, como a vacinação, que Boulos disse que o tucano corre atrás mais por desejo de ser presidente do que por se importar com as vidas brasileiras.
Boulos ainda disse que esquerda precisa construir unidade com diálogo e não com hegemonia. Ainda ao comentar sobre a matéria da Folha de São Paulo que falava que o PT sugeriu que o Psolista saísse como deputado federal para apoiar o ex-prefeito Fernando Haddad (PT) como governador, Boulos respondeu.
“Essa proposta nunca existiu, ninguém me propôs isso. Ainda mais porque não teria cabimento. Se eu quisesse ser candidato a deputado federal eu não precisaria que o PT me propusesse”, destacou.
Ao comentar do cenário político nacional, ele destacou a necessidade de “virar a página do pesadelo do Bolsonarismo” e chamou a atenção para as manifestações marcadas para o próximo sábado, dia 19, com o tema “Fora Bolsonaro”. Ele ainda insistiu que, apesar do momento, as mobilizações são necessárias para combater a, segundo ele, “política sanitárias criminosa” do governo federal e chamou todas as alas da política e movimentos que são contra o Bolsonaro: “Todo mundo que é contra o Bolsonaro, que defende a vacinação do povo brasileiro, todo mundo que defende um auxilio emergencial decente, digno para as pessoas que hoje passam fome. Todos os setores que defendem essas pautas são bem-vindos no sábado”, disse. Ainda ressaltou que todos devem estar usando máscaras PFF2 ou N95, orientou a manter os distanciamento e a distribuição de álcool gel.
Terminou defendendo uma nova forma de pensar política para que as mudanças comessem a acontecer. “As pessoas pensam que política é ir na urna e apertar um número. O desafio é trazer a política para o cotidiano. Política é a organização do bairro por melhores condições de vida, a luta por saúde pública, por um SUS com mais financiamento, mais investimento. É a luta pela educação pública. Política se faz nas redes sociais. E eu acredito muito nesse jeito de fazer política; Política como realização de sonho, como tornar possível aquilo que a gente acredita”, finalizou.
Veja a entrevista completa de Guilherme Boulos, no Grupo Hoje de Comunicação, abaixo.
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