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Dia do Cego: Deficiência visual e inclusão na prática esportiva 

Nesta terça-feira (13), comemora-se o Dia do Cego no Brasil. Criada por meio do decreto n.º 51.045, pelo então presidente da República, Jânio Quadros, a data visa conscientizar a sociedade para questões importantes como preconceito, discriminação e acessibilidade, além de reduzir o desconhecimento sobre pessoas com deficiência visual.

O que é a deficiência visual?

A deficiência visual é definida como a perda total ou parcial, congênita (de nascimento) ou adquirida da visão. A deficiência se divide em dois grupos com características e necessidades diferentes: 

  • Cegueira – quando há perda total da visão ou pouquíssima capacidade de enxergar;
  • Baixa visão ou visão subnormal – quando há o comprometimento do funcionamento visual dos olhos, mesmo após tratamento ou correção.

Segundo dados do censo demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2010, 18,6% da população brasileira possui algum tipo de deficiência visual. Desse total, 6,5 milhões apresentam deficiência visual severa, sendo que 506 mil têm perda total da visão (0,3% da população) e 6 milhões, grande dificuldade para enxergar (3,2%).

Acessibilidade e inclusão no mundo real

Considerando que o preconceito e a falta de inclusão são os principais agentes que tornam a vida do cego no Brasil ainda mais desafiadora, fica claro a necessidade de iniciativas sociais que ofereçam mais qualidade de vida e dignidade para essa população.

A prática esportiva, por exemplo, é um elemento fundamental para a pessoa cega, gerando inclusão social, experiência individual e coletiva, além de ser um recurso de cuidado à saúde mental e física.  Uma das modalidades voltadas para o público é o goalball, um esporte desenvolvido exclusivamente para pessoas com deficiência visual. 

No geral, cada equipe é formada por três atletas titulares e três reservas. Na modalidade, a bola também possui um guizo para orientação dos atletas, que jogam vendados para não beneficiar aqueles que tenham percepção luminosa.

A quadra tem as mesmas dimensões das de vôlei (9m de largura por 18m de comprimento). As partidas são realizadas em dois tempos de 12 minutos, com 3 minutos de intervalo. De cada lado da quadra, há um gol com 9m de largura e 1,30m de altura. Os atletas são, simultaneamente, arremessadores e defensores. O arremesso deve ser rasteiro ou tocar pelo menos uma vez nas áreas obrigatórias. O objetivo é balançar a rede adversária.

O goalball é um esporte baseado nas percepções tátil e auditiva, por isso não pode haver barulho no ginásio durante a partida, exceto no momento entre o gol e o reinício do jogo e nas paradas oficiais. 

Experiência em quadra

Deficiente visual há 23 anos, após um acidente automobilístico, o atleta de goalball em Mogi das Cruzes, Ricardo Pedroso ressalta a importância de iniciativas para o público: “E eu sempre gostei de praticar esporte, mesmo antes de perder a visão. Após o acidente, passei por um período de recuperação, em seguida voltei a praticar o esporte, mas de forma adaptada. Hoje o esporte é o meio mais eficiente para inclusão, não somente para as pessoas com deficiência visual, mas para qualquer pessoa que possua alguma deficiência”. 

A prática realizada com regularidade traz inúmeros benefícios para a saúde, entre eles a melhor condição cardiovascular, força, agilidade, coordenação motora, percepção auditiva, ressocialização, entre outros aspectos.
“O esporte promove a inclusão social, trabalha a autoestima, equilíbrio, autonomia, disciplina e ajuda a formar cidadãos”, acrescenta Ricardo. 

No entanto, ainda em meio a uma sociedade preconceituosa e pouco informada, muitos deficientes visuais enfrentam obstáculos que resultam atos de discriminação, opressão e capacitismo. 

“Infelizmente ainda encontramos diversas barreiras para a prática do esporte, barreiras arquitetônicas, barreiras sensoriais, mas a pior de todas são as barreiras atitudinais”, pontua.

Assim, gerar conhecimento sobre o tema é uma das formas mais eficazes de combater o capacitismo, além do estudo, informação e o principal, desnaturalizar expressões que caracterizam o ato contra o público. 

“Aquelas pessoas que possuem deficiência visual, que querem praticar algum esporte, procure se informar em qual modalidade que essa pessoa mais gosta, qual o local de treinamento e nunca desista do seus sonhos e objetivos. O esporte transforma vidas, traz dignidade, qualidade de vida e principalmente grandes amizades”, finaliza Pedroso.

(por Estella Abreu, Estagiária em Jornalismo, sob supervisão do editor)

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