A história de vida e os crimes do serial killer, Pedro Rodrigues Filho, conhecido como Pedrinho Matador, morto no último domingo (05), em Mogi das Cruzes, será tema de documentário e de uma série para a televisão dirigida pelo cineasta Fernando Grosteins de Andrade.
Responsável por mais de cem assassinatos, Pedrinho é apontado como o maior assassino do Brasil. Seus alvos eram principalmente criminosos, mas também incluíam inocentes que se encontravam no lugar errado na hora errada.
Pelos crimes, foi condenado a 128 anos, no entanto, ficou 42 anos atrás das grades, solto em 2018.
A história de Pedrinho Matador é polêmica e controversa, e divide opiniões até hoje. Enquanto alguns veem nele um criminoso cruel que merecia punição, outros enxergam sua trajetória como resultado de um sistema falho e desigual que o transformou em um ‘monstro’.
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É esse debate que as produções prometem trazer à tona. Segundo Fernando Grosteins de Andrade contou à Folha de São Paulo, os projetos buscam mostrar o ser humano por trás do homem considerado um monstro por grande parte da sociedade.
Andrade conheceu Pedrinho Matador enquanto dava aulas de teatro para detentos na penitenciária Adriano Marrey, em Guarulhos.
“Ele cresceu num ambiente muito violento. Fiquei muito impressionado que ele trabalhava desde os 9 anos num matadouro de bois. Segundo ele, no matadouro, estava acostumado a beber sangue de boi com o avô como se fosse uma coisa normal. Ele apanhava do pai, teve o incidente que ele apanhou do primo que tinha o dobro da idade dele, ele ficou com medo do primo bater de novo nele e acabou moendo o primo num moedor de cana”, disse Fernando.
O cineasta revelou ainda que durante as gravações teve um estudo aprofundado sobre o assunto.
“É muito pesado, e acabei me interessando em fazer um estudo se as pessoas nascem más ou se elas se tornam más. E o Pedro expressou com muita veemência para mim o desejo de deixar claro que ele não se tornou essa pessoa por livre e espontânea vontade, mas como produto de um conjunto de circunstâncias na vida dele que deixaram ele assim. Na violência que ele sofreu na sociedade, no sistema carcerário, na violência que ele viu o pai matar a mãe, de ele ter apanhado do pai muitas vezes, inclusive quando estava dentro da barriga da mãe”, contou.
Ainda conforme entrevista concedida à Folha, Pedrinho foi quem procurou o Andrade para contar a sua história.
“Ele me falou que tinha uns cadernos de anotações da vida dele e queria fazer um filme. Fiquei um pouco preocupado e falei “E se você não gostar?”, ele disse que era impossível ele não gostar porque é a minha história. Fiquei com medo na época e pedi um tempo para pensar“, disse.
Depois da reflexão sobre a produção, Andrade revelou ter feito uma investigação intensiva para descobrir o paradeiro de Pedrinho, que, na época, estava em liberdade. Durante sua busca, informou ter encontrado um livro escrito pela terapeuta de Pedrinho, Isa Toledo, intitulado “Eu não sou um Monstro”. O livro, que relata o processo terapêutico do assassino em série, teria despertado o interesse do diretor, que adquiriu os direitos tanto do livro quanto da história de vida do criminoso.
“Eu fiquei encantado com o livro, que fala sobre o processo terapêutico dele e acaba contando um pouco como ele criou essa imagem para autodefesa dele, para meter medo como forma de mecanismo de sobrevivência”, relatou.
O documentário, que promete explorar a complexa história de vida de Pedrinho e sua trajetória como assassino em série, está em fase de produção e não há previsão de estreia. Mas, independentemente das opiniões, uma coisa é certa: Pedrinho Matador é um personagem que desperta fascínio e repulsa simultaneamente. Resta esperar para ver como sua história será retratada nas telas e qual será o impacto dessas produções na sociedade brasileira.
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