A Polícia Federal (PF) realizou buscas na residência do ex-presidente Jair Bolsonaro em Brasília na manhã desta quarta-feira (03). A operação também resultou na prisão do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid Barbosa.
Bolsonaro não foi alvo de mandado de prisão, mas deve prestar depoimento nas próximas horas na PF em Brasília.
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A ação, autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, faz parte do inquérito das “milícias digitais” que tramita no Supremo Tribunal Federal. A PF investiga um grupo suspeito de inserir dados falsos de vacinação contra o coronavirus (Covid-19) nos sistemas do Ministério da Saúde, possibilitando a emissão de certificados de vacinação fraudulentos.
Entre os beneficiários dos certificados falsificados estão o ex-presidente Jair Bolsonaro, sua filha Laura Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid Barbosa e familiares deste. A suposta falsificação visava garantir a entrada da comitiva nos Estados Unidos, burlando a regra de vacinação obrigatória.
A investigação inclui outros membros da comitiva, como a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.
Além do coronel Mauro Cid Barbosa, a operação prendeu Max Guilherme, policial militar que atuou na segurança presidencial, Sérgio Cordeiro, militar do Exército que atuava na proteção pessoal de Bolsonaro, e João Carlos de Sousa Brecha, secretário municipal de Saúde de Duque de Caxias. No total, foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão preventiva em Brasília e no Rio de Janeiro.
As condutas investigadas podem configurar crimes como infração de medida sanitária preventiva, associação criminosa, inserção de dados falsos em sistemas de informação e corrupção de menores.
Bolsonaro, sua esposa Michelle e outras envolvidos na investigação também tiveram seus aparelhos de telefones apreendidos pela PF.