Falar sobre amor e cuidado, às vezes, me parece a mesma coisa, pois quem ama cuida, mas nem sempre a recíproca é verdadeira, pois muitos cuidadores são profissionais e não necessariamente amam aqueles que eles cuidam.
O que é o amor? Não sou eu aqui que vou tentar defini-lo, pois há séculos os filósofos, terapeutas, poetas e gente como a gente tentam definir o amor, mas não conseguem. Eu, tenho por mim, que o amor pode ser definido com tudo o que já falaram sobre ele, todas as definições de amor cabem muito bem para o amor em cada fase da nossa vida.
Quando crianças amamos de uma forma, quando adolescentes o amor se manifesta juntamente com os hormônios, na fase adulta ele tem outro significado e quando começamos a envelhecer ele passa a ter outro significado ainda, pois já somos capazes de juntar todos os amores que já sentimos e o conceito de amor se amplia quando somos mais velhos.
Acho que, na verdade, faltam poucos passos para entendermos a frase: “Ama teu próximo como a ti mesmo.”.
Precisaríamos, talvez, termos uma vida mais longa para atravessarmos cada uma das fases do amor para entender melhor o sentido de amar-se a si mesmo e em seguida, amar o próximo para só depois entender quem pode ser esse próximo…
Sem mais delongas, vamos entender o sentido da reflexão de hoje: amor e cuidado.
Quem ama cuida! O que é cuidar? Vamos tentar dar um sentido a isso também: “Cuidado é um ‘modo de fazer na vida cotidiana’ que se caracteriza pela ‘atenção’, responsabilidade’, ‘zelo’ e ‘desvelo’ ‘com pessoas e coisas’ em lugares e tempos distintos de sua realização.” É o conceito dado pela fundação Oswaldo Cruz, a Fiocruz.
Muitas tentativas de conceituar essa palavra Cuidado, vem da área médica: Médicos, Enfermeiros, Psicólogos Fisioterapeutas e terapeutas em geral são profissionais do cuidado, mas temos hoje também uma profissão chamada cuidadores.
Antigamente tínhamos, e talvez até hoje tenhamos: as babás, as damas de companhia para os idosos, mas na verdade, essas profissões precisam ser conhecidas como Cuidadores, afinal eles cuidam de pessoas. Há ainda quem cuida de animais.
O que desejo concluir, ainda que precocemente, é que um cuidador, não necessariamente precisa amar, mas lembrar que o cuidado com quem quer que seja: pessoas, animais, a natureza em geral, precisa de muitos componentes que existem no amor: responsabilidade, zelo, respeito, atenção, e claro, pensar em cuidar do outro como nós gostaríamos que cuidassem de nós!
(Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do HojeDiario.com)
