A população de rua é flutuante, aqui e em qualquer lugar do mundo e fazer esse levantamento exige algumas considerações. Utilizar o Cadastro Único para fazer esse levantamento é um erro. Esse dado só demonstra que a equipe do Cad dos municípios tem sido eficiente e que o município é acessível a essa população. Muitas dessas pessoas vêm aos municípios apenas para se inscreverem no Cadastro Único (CadÚnico) e não se encontram mais nestas cidades.
A cada dois anos, pelas regras estipuladas pelo governo federal, é necessário realizar a atualização das informações. Do contrário saem do sistema do município. Inclusive, é possível até que esses indivíduos mudem o local onde estão vinculados caso façam novamente o cadastro em outra cidade.
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A Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social realizou nos meses de julho e agosto deste ano um levantamento que culminou no estudo “Perfil da População em Situação de Rua de Suzano 2023”. A pesquisa foi feita a partir da coleta de dados da equipe do Centro de Referência de Assistência Social (Creas). O resultado apontou que, atualmente, há 143 pessoas em situação de rua na cidade.
Alguns dados presentes na pesquisa:
- 90,1% são homens;
- 50,7 são pardos;
- 25,4 são naturais de Suzano;
- 34,1% estão de um a seis meses em situação de rua em Suzano;
- 84,4% ficam na região central da cidade;
- 76,1% recebem algum benefício do governo federal.
Atualmente, as pessoas em situação de rua têm à disposição 80 vagas no Centro Social Bom Samaritano (rua General José Galetti, número 12, no bairro Jardim Nazareth), administrado pela entidade Cáritas Suzano, e no imóvel do antigo Restaurante Popular (rua Dr. Felício de Camargo, número 630, região central), gerenciado pela Casa Madre Teresa de Calcutá, da Associação Emaús, ambos por meio de convênio com a Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social.
Lá são oferecidos banho, alimentação, acolhimento para pernoite e orientações diversas. O indivíduo permanece pelo tempo que decidir. A equipe trabalha a reinserção social do indivíduo ofertando capacitação profissional, recâmbio à cidade de origem, encaminhamento ao sistema de saúde, encaminhamento para obtenção de documentos, roupas, corte de cabelo, entre outros apoios necessários.
O acolhimento ocorre, principalmente, a partir de demanda espontânea, ou seja, quando este público busca o serviço. Mas pode acontecer por meio das abordagens da equipe do Creas, momento em que é ofertado o acolhimento
Quando não aceitam o que é ofertado, em períodos de temperaturas baixas, são entregues mantas.
O número de vagas é compatível com a demanda histórica do município, visto que muitas pessoas em situação de rua se negam a aceitar o acolhimento.
(Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do HojeDiario.com)