O Estado de São Paulo enfrenta um cenário alarmante com relação à dengue, levando a Secretaria de Estado da Saúde a declarar estado de emergência em saúde pública nesta terça-feira (05). A decisão veio após o registro de 138.259 casos confirmados da doença e 31 óbitos, apontando uma incidência de 300 casos por 100 mil habitantes.
A medida, recomendada pelo Centro de Operações de Emergências (COE), visa acelerar a implementação de ações de combate à dengue, permitindo a realização de compras e contratações sem a necessidade de licitação e facilitando o acesso a recursos adicionais do governo federal. Isso dá tanto ao governo estadual quanto aos municípios a flexibilidade para responder à emergência com maior eficiência, baseando-se nas particularidades de cada localidade.
Em resposta, o governo federal sinalizou que disponibilizará incrementos financeiros, direcionados a investimentos em vigilância em saúde, atenção primária e especializada. No estado, os recursos serão utilizados principalmente para a compra de equipamentos de nebulização, insumos, contratação de pessoal e expansão da capacidade de atendimento da rede de saúde.
Um Plano de Ação à Emergência em Saúde Pública foi desenvolvido, delineando uma série de estratégias baseadas na experiência acumulada no combate às epidemias anuais de dengue. Entre as medidas está a atualização das diretrizes para a Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde (CROSS), garantindo prioridade no tratamento de pacientes com suspeita de dengue que requerem atendimento em unidades de alta complexidade.
Com 131 municípios reportando mais de 300 casos por 100 mil habitantes até o momento, e 22 cidades, incluindo Suzano e Guararema no Alto Tietê, declarando emergência, o Estado mobiliza esforços concentrados para mitigar os impactos da dengue na população.
