Na última segunda-feira (1º), o técnico químico Richard Kill Pereira, de 22 anos, morreu após ser atropelado no km 63,1 da Rodovia Índio Tibiriçá (SP-031), em Suzano. A vítima pedalava no acostamento quando foi atingida por um veículo.
O motorista do automóvel fugiu sem prestar qualquer tipo de socorro.
O condutor, um mecânico, não era proprietário do carro e se apresentou à polícia nesta semana após exigência do proprietário do veículo, que foi modificado para alta velocidade.
Na ocasião do acidente, o Corpo de Bombeiros foi acionado e prestou os primeiros socorros no local. Richard foi levado ao Hospital e Maternidade de Suzano (HMS), mas não resistiu aos ferimentos e teve o óbito constatado.
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Na manhã de terça-feira (02), dia seguinte ao acidente, o proprietário do automóvel, ao ver as mensagens que o mecânico havia enviado durante a noite, se dirigiu à oficina mecânica e exigiu que o condutor se apresentasse à polícia. O carro é modificado para alta velocidade, porém, a documentação está irregular.
Em depoimento à Polícia Civil, o motorista do veículo afirmou que é mecânico e realizava a manutenção do veículo do cliente. Por volta das 22 horas de segunda-feira (1º), solicitou por meio de mensagens a autorização para testar o carro.
Mesmo sem a autorização do proprietário, ele saiu da oficina para testar o automóvel.
Em sua versão, disse que conduzia o veículo pela Rodovia Índio Tibiriçá (SP-031), sentido bairro-centro, e ao passar pela igreja do Baruel, onde a faixa de rolamento passa a ser dupla e não há acostamento, Richard apareceu na bicicleta entrando em sua faixa, ocasionando a colisão.
O motorista alegou ter parado onde estava o ciclista caído e, ao tentar chamar a emergência, percebeu que não havia sinal de celular. Também disse que fez o retorno necessário para conseguir sinal e acionar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).
O condutor que, ao retornar ao local do acidente, viu uma grande aglomeração de pessoas e escolheu não se aproximar, temendo por sua integridade física. Após o depoimento, acompanhado do advogado, o motorista deixou a delegacia.
Uma testemunha disse que, no local do acidente, a vítima estava bem machucada, além da bicicleta totalmente destruída. O jovem não aparentava sinais vitais.
Informou ainda que havia muita neblina na região da rodovia. Essa testemunha também afirmou que, de fato, não havia sinal de telefone no local, mas que eventualmente conseguiu ligar duas vezes para o SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência).
Ainda destacou que, na primeira chamada, a atendente não informou qualquer registro do acidente. Por fim, a testemunha disse que no local não havia nenhuma sinalização e não aparentava que alguém tivesse parado lá, o que contradiz a versão do motorista.
O caso foi registrado como homicídio culposo na direção de veículo automotor, omissão de socorro e fuga do local de acidente, na Delegacia Central de Polícia de Suzano, que também investigará a morte.
O veículo do acidente permanecerá apreendido para perícia.
Veja abaixo as fotos do veículo após o acidente