Nesta segunda-feira (20), é comemorado o Dia Nacional do Fusca, data que celebra o início da produção do icônico veículo no Brasil, em 1959. Para muitos, o Fusca é mais do que um carro; é um símbolo de história, memórias e conexões. Em Suzano, o Fusca Clube Magrão mantém viva essa paixão, passada de pai para filho, agora liderado pelo ‘fusqueiro’ Johnny Braz Vilela, filho do fundador, Ronaldo Magrão. Em entrevista ao portal Hoje Diário, Johnny compartilhou suas memórias mais marcantes com o automóvel e seu pai.
“Minha melhor memória é dentro do seu Fusca de Fogo, com teto rebaixado, viajando para Pernambuco. Esse carro era bem conhecido no Brasil inteiro. Mas acho que uma das mais marcantes para mim foi quando dirigi pela primeira vez, na pista de Interlagos, um New Beetle 2000”, afirmou.
O amante de quatro rodas falou sobre o carinho que a população suzanense tem por seu pai, que faleceu em 2012. “Eu só tenho lembranças e memórias boas. Por onde ando, quem conhecia meu pai sempre fala bem das histórias dele, das amizades que tinha e dos projetos que realizava. É gratificante demais ter crescido nesse meio, e impossível não ter uma paixão por carros antigos”, revelou.
Para Johnny e sua família, o Fusca é especial não apenas pelo design clássico, mas pelas memórias que proporciona. “É um dos carros mais populares do mundo e traz uma sensação única ao ver as pessoas admirando e elogiando, especialmente as crianças fascinadas pelo modelo”, disse.
Quando questionado sobre o modelo e ano de Fusca com mais valor sentimental, ele respondeu: “O que tem mais valor sentimental para mim é o único Fusca que eu tenho hoje, que foi o último que meu pai fez: um Fusca Conversível Hebmuller 1961 personalizado”, disse.
O Fusca Clube Magrão participa anualmente do tradicional encontro do Fusca Clube do Brasil, em São Bernardo do Campo. Em abril, organiza seu próprio evento em Suzano, que este ano será realizado no dia 13, em comemoração ao aniversário da cidade, marcando a 21ª edição do encontro.
Além de promover a paixão por carros antigos, o Fusca Clube Magrão realiza ações sociais, como arrecadação de alimentos e doação de brinquedos em datas especiais. “Existe um Calendário de Eventos de Fuscas e Carros Antigos, o ‘Abravaa’. Participamos de eventos por toda São Paulo, quando podemos, e fazemos encontros mensais com a galera do Fusca Clube Magrão para bater papo e colocar os antigos para rodar. Nosso encontro anual é filantrópico. Fazemos o possível para retribuir à comunidade que sempre nos apoiou”, destacou Johnny.
Para crianças e jovens que estão começando a se interessar por carros antigos, Johnny deixou um conselho: “É uma paixão sem volta [risos]. E hoje em dia é algo caro também, mas recomendo porque é literalmente uma máquina de fazer amigos. Se você para em um posto de gasolina com um Fusca, faz amigos. Se o carro quebra na estrada, alguém que já foi ‘fusqueiro’ para para te ajudar e cria amizade. É muito terapêutico pegar um Fusca para passear ou pegar estrada; é uma vibe inexplicável. Se você anda todo dia com um carro comum, ninguém te repara ou lembra. Agora, se você anda com um Fusca roxo, sempre será notado e criará experiências e memórias que carro moderno nenhum proporciona”, finalizou.
