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Ciesp Alto Tietê critica tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos sobre exportações brasileiras

A regional do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) no Alto Tietê manifestou preocupação com a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que anunciou a aplicação de uma tarifa de 50% sobre todas as exportações brasileiras a partir de 1º de agosto. A medida foi comunicada em carta enviada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e, segundo o Ciesp Alto Tietê, pode afetar diretamente o setor produtivo regional, especialmente em segmentos como papel e cartão, máquinas e materiais elétricos, principais produtos exportados pela região nos cinco primeiros meses do ano.

Durante o mesmo período, os principais destinos das exportações do Alto Tietê foram os Estados Unidos (US$ 93,5 milhões), Argentina (US$ 52,7 milhões) e Chile (US$ 24,7 milhões). Já as importações vieram, majoritariamente, da China (US$ 106,9 milhões), Japão (US$ 94,1 milhões) e dos próprios Estados Unidos (US$ 60,9 milhões).

O Ciesp considera que a imposição das tarifas ultrapassa os limites diplomáticos, tratando-se de uma retaliação pessoal e ideológica entre os chefes de Estado, que pode resultar em prejuízos severos para as relações comerciais e para o desenvolvimento econômico regional. Em nota assinada pelo diretor regional José Francisco Caseiro, o Ciesp argumenta que a justificativa americana não se sustenta, já que os Estados Unidos registraram superávit de US$ 91,6 bilhões no comércio de bens com o Brasil na última década, número que sobe para US$ 256,9 bilhões se considerado o comércio de serviços.

A entidade ainda reforça que defende a soberania nacional e o respeito às vias diplomáticas como base para relações internacionais saudáveis e equilibradas, ressaltando que interesses pessoais não podem comprometer o bem-estar das nações.