O presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve uma semana intensa durante sua viagem oficial à Indonésia.
Na quinta-feira (23), anunciou que pretende disputar a reeleição em 2026. Já na sexta-feira (24), causou polêmica ao afirmar que traficantes seriam “vítimas dos usuários de drogas”, declaração que gerou forte repercussão e o levou a se retratar publicamente no mesmo dia.
O anúncio sobre a candidatura foi feito em Jacarta, durante discurso ao lado do presidente indonésio, Prabowo Subianto, no Palácio Merdeka. Lula declarou que, mesmo próximo dos 80 anos, sente-se com a mesma energia dos 30 e afirmou que está pronto para disputar um quarto mandato. Ele também mencionou que seu atual governo se encerra em 2026, mas que está preparado para enfrentar novas eleições.
Na sexta-feira (24), durante coletiva de imprensa na capital indonésia, Lula gerou críticas ao comentar sobre o combate ao tráfico de drogas. O presidente declarou que os usuários são responsáveis pela existência do tráfico, e que os traficantes seriam, de certa forma, vítimas dessa demanda. A fala foi uma resposta a questionamentos sobre declarações do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que defende ações militares contra grupos de narcotráfico no exterior.
A repercussão foi imediata, especialmente entre membros da oposição. Diante da reação negativa, Lula utilizou uma rede social para esclarecer que sua frase foi mal colocada e reafirmou sua posição contra o tráfico de drogas e o crime organizado.
Na tentativa de conter os danos, o presidente destacou que o mais importante são as ações do governo no enfrentamento ao crime. Como exemplo, citou a operação Carbono Oculto, que desmontou um esquema bilionário de fraudes no setor de combustíveis ligado à facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).




























