Motirõ. Do tupi-guarani, significa reunião de pessoas para colher ou construir algo juntos, uns ajudando os outros. Além de carregar um forte significado, expressa e une todos os objetivos, ideais e sentimentos do projeto de Mogi das Cruzes. Desde 2017, o Projeto Social Motirõ oferece apoio a famílias em situação de vulnerabilidade social no Alto Tietê. Idealizado e cofundado por Allan Vitor e pela publicitária Marcela Siqueira, o projeto revela o carinho e a dedicação com que seus criadores conduzem a ação.
“Definir o Motirõ em poucas palavras é quase como dar significado à palavra ‘sentir’ — muito difícil. Somos, antes de mais nada, um grupo cheio de amor e carinho para compartilhar com o próximo. Por meio da humanização, espalhamos mundo afora muita luz e esperança para aqueles que um dia deixaram de acreditar na bondade humana. Nosso maior objetivo é levar tudo isso, e mais um pouco, cada vez mais longe, alcançando lugares e pessoas que nem imaginamos ainda. Então, falar do Motirõ é algo muito pessoal. É meu sonho de vida! É a personificação da Marcela e fruto de muita dedicação, muito amor, muita força e esperança. E toda vez que faço um projeto, é como se estivesse aprendendo algo novo”, declarou Marcela.
Ainda durante a faculdade de Publicidade e Propaganda, Marcela já sentia vontade de fazer mais para contribuir com uma sociedade mogiana menos desigual. Em uma conversa com Allan, criaram a ação. “O Motirõ surgiu da minha vontade de mudar o mundo. Nós dois, durante a graduação, tínhamos muita vontade de ajudar as pessoas. Pensávamos sempre que tínhamos uma cama quentinha, um alimento, chuveiro quente, teto para morar… Então, às vezes, o nosso pouco é muito para outras pessoas. Desta forma, pensamos: ‘De que forma poderíamos contribuir com essas pessoas em situação de vulnerabilidade?’. Assim, marcamos nossa primeira ação no Lar Batista de Mogi das Cruzes, com apenas cinco pessoas, há oito anos. É muito legal pensar que, hoje em dia, vamos para ações em regiões da cidade com 100 voluntários”, relatou.
O amor pela ação social foi tanto que, desde a primeira vez, Marcela se conectou profundamente com o apadrinhamento de crianças, adolescentes e suas famílias. “Eu tenho o endereço dessa primeira ação tatuado no meu braço. Foi ali que tudo começou, onde senti um amor que desconhecia. Foi ali que pensei: ‘Não posso parar; se chegamos até aqui, temos que continuar com o projeto’. Foi neste momento que Allan me presenteou com o nome ‘Motirõ’, que foi de encontro com tudo o que eu acreditava”, declarou Marcela.
Marcela relata que, no início da ONG, atendiam apenas instituições como asilos, orfanatos e abrigos para pessoas em situação de rua, até expandirem as ações para outras localidades do município de Mogi das Cruzes e região. “Graças a Deus, muitas outras pessoas e ONGs me ajudaram muito e contribuíram para que, hoje, o Motirõ atendesse comunidades inteiras”, citou a idealizadora.
Atualmente, a ação conta com 21 pessoas diretamente envolvidas na organização do projeto e 173 voluntários ativos. Marcela informa ainda que, caso os moradores da região tenham interesse em participar de uma ação especial e esporádica, são disponibilizados avisos e um formulário de participação.
