O ex-governador de São Paulo, João Doria, anunciou nesta segunda-feira (23) a desistência de sua candidatura à presidência da República nas eleições de 2022. Doria se antecipou ao PSDB que deve agora se juntar ao Cidadania em apoio à senadora Simone Tebet, do MDB.
“Hoje, neste 23 de maio, serenamente, entendo que não sou a escolha da cúpula do PSDB. Aceito esta realidade com a cabeça erguida. Sou um homem que respeita o bom senso, o diálogo e o equilíbrio. Sempre busquei e seguirei buscando o consenso, mesmo que ele seja contrário à minha vontade pessoal. O PSDB saberá tomar a melhor decisão no seu posicionamento para as eleições deste ano. Me retiro da disputa com o coração ferido, mas com a alma leve”, disse em seu pronunciamento.
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Em seu discurso, Doria destacou sua trajetória como político, iniciada em 2016 como prefeito de São Paulo e posteriormente como governador do estado, cargo no qual ficou até abril deste ano, quando renunciou para ser pré-candidato à presidência.
“Saio como entrei na política: repleto de ideais, com a alma cheia de esperança e o coração pulsante, confiante na força do povo brasileiro que têm fé na vida e em Deus. Peço desculpas pelos meus erros. Se me excedi, foi por vontade de acertar. Se exagerei, foi pela pressa em fazer com perfeição. Se acelerei foi pela urgência que as ações públicas exigem. Os acertos foram fruto do trabalho em equipe, da ousadia e da coragem, do propósito que sempre persegui. De sempre fazer bem feito o que tem que ser feito”, continuou.
Por fim, disse que seguirá à disposição do partido e do Brasil no que for necessário, não mencionando se pretende ser candidato a qualquer cargo ainda nesta eleição.
“Seguirei como observador sereno do meu País. Sempre à disposição de lutar a guerra para a qual eu for chamado. Na vida pública ou na vida privada. Que Deus proteja o Brasil. Muito obrigado e até breve”, terminou.
A desistência da candidatura de Doria já era discutida dentro do partido. Ele não conseguiu obter bons resultados nas pesquisas eleitorais, quase não passando dos 4% de intenções de voto. Em outros momentos, líderes tucanos, como o presidente do partido, Bruno Araújo, disseram que aliança com a terceira via deveria ser maior do que uma candidatura própria. O deputado federal Aécio Neves também já havia se manifestado a favor da desistência de Doria.
O ex-governador era o pré-candidato tucano após vitória nas prévias que ocorreram em novembro de 2021, onde venceu o ex-governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite.
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