Familiares da pequena Liz Paranhos, de apenas um ano, ficou desolada quando receberam a notícia que a criança foi diagnosticada com leucemia, no mês de junho deste ano. A menina, que foi sempre saudável e nunca havia enfrentado problema de saúde, agora tem de passar por um tratamento pesado, desgastante fisicamente e um verdadeiro desafio financeiro para seus pais. A família, moradora do bairro Vila Figueira, em Suzano, que não tem recursos suficientes para arcar com todos os custos de remédios, viagens a São Paulo e outros insumos, criou uma vaquinha para ajudar no tratamento da garota.
Ao portal HojeDiario.com, Letícia Beatriz Paranhos, mãe de Liz, falou sobre as dificuldades e sobre como os valores arrecadados poderão ajudar na luta contra o câncer da pequena. Segundo Letícia, a maior dificuldade, de início, foi aceitar o diagnóstico. “A maior dificuldade foi aceitar porque a Liz sempre foi uma criança saudável, nunca apresentou nem gripe”, disse.
Desde o momento da descoberta do câncer, Letícia e seu marido Leandro autorizaram o início do processo de quimioterapia. “O tratamento iniciou exatamente no dia da descoberta, inclusive hoje completamos 42 dias de intenção, sendo 10 na UTI”, contou. Para ela, tudo isso já é um milagre. Na verdade, a própria pequena Liz já é um milagre, sendo que a mãe não podia engravidar. O nome foi dado em homenagem a essa maravilhosa surpresa e significa “Deus é minha abundância”.
Nesses momentos difíceis que a família tem passado, a fé tem sido uma fonte de consolo. De acordo com a mãe de Liz, o tratamento é bem agressivo para que não haja o risco de reincidência da doença. “O tratamento é muito doloroso para ela e muito triste e exaustivo pra nós. O que nos mantém de pé são as orações e muita fé”, conta.
Todas as semanas, Liz tem que passar por procedimentos que fazem parte do tratamento contra a leucemia. “Semanalmente, ela recebe bolsa de hemácias, plaquetas, precisa passar uma sonda, faz exame de líquor da medula espinhal a cada 15 dias. A Liz tem sido uma boa respondedora do tratamento e tem apenas 7% de necessitar de transplante, mas por se tratar de um caso de alto risco, o tratamento tem que ser agressivo demais”, explica.
As sessões de quimioterapia causam reações como mocusite nos ouvidos, boca, no teto intestinal, além de gerar enjoos, vômitos, sangramentos, dor de cabeça e queda do cabelo e das unhas. A previsão é que o tratamento mais agressivo dure por dois anos e, depois disso, apenas a manutenção e observação constante da doença deveria ser realizada. “Há dois dias ela saiu da UTI porque estava neutropênica, sangrando muito pela boca e pelo nariz, com feridas severas. Ficou 13 dias de jejum sem nem água alimento ou leite materno. Foi muito sofrimento e quase a perdemos”, detalhou Letícia.
Sem contar as dificuldades causadas pelo tratamento agressivo, a família moradora de Suzano ainda tem que passar por uma jornada de mais de 70 km quase que diariamente para poder chegar ao GRAAC (Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer), no bairro Vila Clementino, na cidade de São Paulo. A família precisa arcar com as despesas de gasolina, pedágio, sem contar os insumos e remédios que também precisam comprar para o tratamento da filha. “A jornada é exaustiva porque quando ela não está internada temos que vir todos os dias”, relata a mãe.
Quando Liz fica internada, às vezes, eles precisam se hospedar em um hotel próximo. Para isso, amigos da família criaram uma vaquinha para arrecadar os valores necessários. A meta é chegar a R$ 40 mil A vaquinha pode ser acessada pelo link: https://www.vakinha.com.br/vaquinha/liz-paranhos-contra-o-cancer ou pelo PIX: [email protected].
Por fim, Letícia só agradeceu em nome da família por todas as contribuições que receberam e convidou muitos outros a marcarem a vida da pequena Liz por essa ajuda. “Gostaria de agradecer infinitamente a todos que ajudaram, que Deus lhes dê muita saúde, alegrias e prosperidade, esse dinheiro irá nos abençoar muito. E quem puder contribuir ficaremos agradecidos, pois a Liz é o nosso bem maior e vamos lutar pela cura e para oferecer um conforto necessário durante o tratamento”, finalizou.
Veja abaixo o vídeo criado pelos amigos da família:
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