Uma cena comoveu muitas pessoas que passavam pelo cruzamento das ruas General Francisco Glicério e Regina Cabalau Mendonça, na área central de Suzano, na última quarta-feira (14).
Diante das dificuldades que enfrenta, Adriano Ferreira da Silva, de 55 anos, fez um cartaz e foi pedir uma oportunidade de trabalho, além de ajuda, para chamar a atenção de quem passava pelo cruzamento.
Ele, sua esposa e filhas vieram de Caruaru, em Pernambuco. Lá, conta Adriano, que a família passava por uma terrível crise financeira.
“Passamos por muitas dificuldades financeiras, passando dificuldades em comprar alimentos e para viver com o básico”, disse.
Foi a partir disso que decidiu vir para São Paulo.
“Diziam que a Capital da Fumaça tem muita oportunidade. Então em vim para cá”, disse.
Acompanhando ele veio Rosiane, sua esposa, e suas quatro filhas e um neto, de apenas dois meses de idade: Jusiane, de 15 anos; Vitória, de 14 anos; Joquebede, de 11 anos; e Ana, de 10 anos.
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“Peguei meu carro, coloquei minhas mulheres dentro e vim para São Paulo. Fomos pedindo ajuda no meio do caminho, para colocar gasolina, para comermos alguma coisa”, contou.
O trajeto até chegar no novo estado e na nova casa foi mais de 2.500 km, até quando chegaram no último dia 10 de dezembro.
Já em São Paulo, foram recebidos por Jaqueline, filha do primeiro casamento de Adriano, que mora no bairro de Vila Yolanda, em São Paulo, bem próximo das cidades de Ferraz de Vasconcelos e Suzano. Eles se juntaram ao marido e às três filhas de Jaqueline, que já viviam na casa.
A procura de emprego e buscando facilitar a vida da filha, que viu o número de crianças e adolescentes subir de 3 para 7 em sua casa, sem contar um bebê recém-nascido, além de 4 adultos, Adriano foi em busca de um emprego.
Hoje, o Brasil tem mais de 9,7 milhões de pessoas desempregadas, e aqueles que conseguem algum trabalho, mas não tem a carteira assinada já são mais de 39,9 milhões em todo o país.
Mas para Adriano isso não importava. Na época em que morou em Caruaru, ele atuou por muito tempo como caseiro de sítios e fazendas, o que entendeu ser a melhor oportunidade que poderia procurar. Ouviu de parentes e pessoas próximas que em Suzano ele encontraria pessoas donas de sítios e grandes terrenos que poderiam lhe dar uma oportunidade.
“Eu já trabalhei como caseiro, já dirigi trator, já cuidei de piscina. Falaram para mim então que Suzano era uma cidade com muitas oportunidades para isso. Peguei a estrada e vim para cá. Tive a ideia de montar um cartaz para mim e para minha mulher e nós dois fomos pedir emprego no farol”, detalhou.
Apesar das movimentações, ainda não houve nenhuma resposta de quem quer que seja.
“Vai que um empresário, um dono de alguma terra ou sítio me vê lá e se compadece e tenta me ajudar”, disse em tom esperançoso.
Nesta quinta-feira (15), data da publicação desta matéria, Adriano não conseguiu ir para Suzano por falta de dinheiro. Como seu carro deu problema, a única opção para vir para a cidade é o transporte público.
“Não tinha dinheiro para o ônibus e nem para o trem. Mas a minha filha disse que vai me emprestar um dinheirinho para amanhã voltar para Suzano e pedir emprego de novo”, afirmou.
Adriano ainda disse que o plano é ficar na casa da filha apenas até o Ano Novo e depois disso buscará alguma forma de morar em Suzano.
“Disseram que a cidade é boa. Quero poder trabalhar e colocar minhas filhas para estudar também. Se eu conseguir um emprego como caseiro já é melhor porque toda a família já tem uma casa para morar e não precisaria alugar uma casa. Estou lutando para poder morar em Suzano, quero isso”, explicou.
Por fim, Adriano fez um clamor a qualquer pessoa que pudesse ajudá-lo.
“Me deem uma oportunidade. Só uma oportunidade de emprego. Eu quero poder dar um Natal diferente para minhas filhas, pelo menos um Natal com uma Ceia. Não quero que elas passem esse tempo sem ter o que dar de comer para elas. Só uma oportunidade que eu peço, como caseiro, cuidador de piscina, o que for. Eu só preciso de uma oportunidade”, finalizou.
Se você, leitor(a) do HojeDiario.com, quiser realizar contato com Adiano e sua família, para oferecer algum tipo de ajuda ou oportunidade de emprego, entre em contato no número/Whatsapp (81) 9841-3913.
(por Leonardo Lima, Estagiária em Jornalismo, sob supervisão do editor)
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