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Família de idosa que morreu após ser atingida na calçada por moto em Suzano pede Justiça; motociclista estava dando “grau”

No dia 12 de setembro, a idosa Maria da Silva, de 75 anos, morreu após ser atingida na calçada da rua Emília Barradas Simões, no bairro Miguel Badra, em Suzano, por uma motocicleta. A câmera de segurança de um imóvel próximo gravou o momento em que um jovem de 18 anos, não habilitado, acompanhado de sua namorada menor de idade, estava tentando dar “grau” em sua moto e atingiu a vítima.
O vídeo mostra o momento exato em que ele se desequilibra e acerta a senhora que andava na calçada, a qual foi arremessada a cinco metros de distância.
Beatriz Nascimento, neta da vítima, concedeu uma entrevista ao portal Hoje Diário, relatando os detalhes da perda de sua avó, uma mulher que era ativa e independente. A família pede por justiça e afirma que não quer vingança contra o responsável.

“Toda quinta-feira, ela vinha para a casa da minha mãe, dormia aqui, passava uma noite e, no outro dia, ia embora. Era uma rotina dela”, informou Beatriz.

Segundo a neta, ela foi avisada por uma das testemunhas que pegou o celular da idosa e chamou prontamente o SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). A vítima foi rapidamente levada ao hospital com fraturas graves e traumatismo craniano, passando por uma cirurgia de emergência, mas não resistiu e faleceu no dia seguinte.
“Conseguimos descobrir a identidade dele por meio de um familiar. Eles chegaram a me ligar várias vezes, pedindo para que eu não tomasse nenhuma atitude drástica. Eu entendo o desespero de uma mãe, mas minha avó foi atropelada enquanto caminhava na calçada, sem culpa nenhuma. Eu fiquei até com pena no começo, mas depois descobrimos que ele estava empinando a moto, e isso me revoltou. Fomos ao mercado perto do local do acidente, e o dono me mostrou as imagens da câmera de segurança”, afirmou a neta da vítima.

De acordo com informações da família da idosa, o jovem e a família dele teriam sumido das redes sociais e da cidade de Suzano, pois estavam sendo coagidos pelos moradores locais.
“A gente só quer justiça. Não queremos vingança, mas queremos que ele pague pelo que fez. Minha avó era uma pessoa saudável, ativa, e agora nossa família tem que lidar com essa dor enorme. Queremos que ele entenda o erro e pague de alguma forma, para que não aconteça com mais ninguém. Mesmo que ele não tenha tido a intenção de matar, ele foi irresponsável, e a família dele também não nos deu nenhum apoio. É muito doloroso!”, disse Beatriz.

Beatriz, ao término da entrevista, relata que o luto está sendo muito difícil e que sente uma sensação de injustiça e impotência enorme.
“Minha avó era tudo para a gente, e vê-la partir dessa forma foi devastador! Nossa dor é grande, mas esperamos que algo de bom venha disso”, finalizou.