A Prefeitura de Suzano confirmou, nesta quinta-feira (16), ao portal Hoje Diário que irá manter a vacinação contra o coronavírus (Covid-19) para todos os adolescentes, de 12 a 17 anos, com ou sem comorbidades e que as doses para este público seguem garantidas. Mais cedo, o Ministério da Saúde suspendeu a vacinação para adolescentes e depois determinou que fosse apenas para adolescentes com comorbidades. A administração do prefeito de Suzano, Rodrigo Ashiuchi, também afirmou que ainda aguarda manifestação por parte do governo estadual sobre a recomendação do Ministério da Saúde.
A medida do Ministério da Saúde causou estranheza entre especialistas da área da saúde. O Ministério alega que as cidades têm aplicado vacinas não autorizadas, já que a Pfizer é a única que tem liberação da Anvisa para este público. Através de nota, o Governo do Estado de São Paulo rebateu a decisão do Governo Federal e confirmou que não irá seguir a determinação. Veja a manifestação na íntegra abaixo.
“O Governo de São Paulo informa que continuará vacinando os adolescentes de 12 a 17 anos de idade por recomendação do Comitê Científico do Estado. A imunização começou em São Paulo no dia 18 de agosto e já foram imunizadas cerca de 2,4 milhões de pessoas, ou seja, 72% deste público. São Paulo lamenta a decisão do Ministério da Saúde, que vai na contramão da orientação do Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde (Conass) e de autoridades sanitárias de outros países. A vacinação nessa faixa etária já é realizada nos EUA, Chile, Canadá, Israel, França, Itália, dentre outras nações. A medida cria insegurança e causa apreensão em milhões de adolescentes e famílias que esperam ver os seus filhos imunizados, além de professores que convivem com eles. Coibir a vacinação integral dos jovens de 12 a 17 anos é menosprezar o impacto da pandemia na vida deste público. Três a cada dez adolescentes que morreram com Covid-19 não tinham comorbidades em São Paulo. Este grupo responde ainda por 6,5% dos casos e, assim como os adultos, está em fase de retomada do cotidiano, com retorno às aulas e atividades socioculturais. Infelizmente, e mais uma vez, as diretrizes do Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde chegaram com atraso e descompassadas com a realidade dos estados, que em sua maioria já estão com a vacinação em curso”, conclui a nota.
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