Os vereadores de Mogi das Cruzes aprovaram, em sessão ordinária nesta terça-feira (11) uma Moção que apela ao Governo do Estado para que sejam instalados totens de segurança nas 67 escolas públicas da rede estadual de ensino.
Segundo a Câmara, no campo municipal, 30 escolas de Mogi das Cruzes receberão totens de segurança em investimento da Prefeitura, que abrangerá 11% das unidades de aprendizagem da rede de educação. Os totens de segurança são dispositivos eletrônicos com alarmes conectados à Guarda Civil Municipal (GCM), que filmam em 360 graus, captando áudio e imagens de pontos estratégicos onde estão localizados.
A iniciativa, de autoria dos vereadores Marcos Furlan e Policial Maurino, visa combater e prevenir a violência e a criminalidade no interior e arredores das instituições de ensino.
“Entendo que os totens já ajudaram a diminuir a criminalidade aqui em Mogi, onde já foram instalados. Precisamos de um conjunto de ações para proteger nossas crianças. Rezo para que não aconteçam mais atentados como esses que têm ocorrido. Parecem até pesadelos. As medidas para conter esses casos de agressão são urgentes”, disse o vereador Marcos Furlan.
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O também autor do documento, o vereador Policial Maurino, comentou que os dispositivos ajudam a inibir a criminalidade.
“Os totens já mostraram resultado. É uma forma de prevenção e dá sensação de segurança, que é algo muito positivo para moradores e estudantes”, disse.
Serão remetidas cópias da moção ao governador do Estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas, ao secretário de Estado da Segurança Pública, Guilherme Derrite, ao presidente da Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo), André do Prado, e ao prefeito de Mogi das Cruzes, Caio Cunha.
Botão do pânico
Além dos totens, os vereadores aprovaram a implantação de dispositivos de segurança conhecidos como “botão do pânico” nas escolas públicas estaduais. De autoria do vereador Juliano Botelho, o documento planeja contribuir para o combate à violência nas unidades de ensino.
“Nossa intenção é prevenir casos de agressões em escolas estaduais, o que dará mais tranquilidade para professores, alunos, pais e funcionários. A violência é um problema social, sendo que, nas escolas, os casos estão crescendo de forma assustadora. Não podemos nos esquecer, por exemplo, do massacre ocorrido na Escola Estadual Professor Raul Brasil, em Suzano. Mais recentemente, houve o assassinato da professora na Escola Estadual Thomazia Montoro, na Vila Sônia, em São Paulo”, argumenta Botelho.
A Moção será encaminhada ao secretário de Estado da Segurança Pública, Guilherme Derrite, e ao governador de São Paulo, Tarcísio Gomes de Freitas (REP).
Programa de Segurança Escolar
A Câmara Municipal aprovou ainda a Moção, que solicita à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) a aprovação do Projeto de Lei, que cria o Programa de Segurança Escolar (PSE).
O documento é uma iniciativa do vereador Professor Edu Ota, sendo que a intenção é aprovar o Projeto de Lei estadual, de autoria do então deputado estadual e hoje deputado federal Rodrigo Gambale.
A proposta de Gambale prevê que policiais militares aposentados e aprovados em testes físicos e psicológicos atuem nas escolas estaduais para coibir e prevenir a violência nos ambientes de aprendizagem.
O vereador Policial Maurino sugeriu que haja cobrança dos deputados estaduais e federais.
“Precisamos mobilizar nossos deputados em prol dessa causa, para que, de fato, o projeto seja colocado na pauta da Alesp. Já foram quatro atentados neste ano. Hoje, houve outro em Goiás”.
Inês Paz propôs maior atenção e vigilância para o que acontece nas redes sociais.
“Precisamos descobrir a origem disso tudo: falar com psicólogos e outros especialistas que estão analisando o assunto. O espaço escolar é de convivência e não combina com escolas muradas e com militares. Está havendo uma inversão dessa lógica, e as redes sociais estão propagando a cultura do ódio e da violência”, disse.
Zé Luiz sugeriu a criação de um plano próprio de combate à violência escolar.
“Esse debate é fundamental. É necessário criar um plano municipal de segurança nas escolas. Não podemos deixar que os pais de Mogi corram o risco de mandar seus filhos para a escola e, depois de um dia de aula, recebam de volta os corpos de suas crianças sem vida”, afirma.
A Moção será encaminhada ao presidente da Alesp, André do Prado, e ao governador do Estado, Tarcísio de Freitas.