Morreu, nesta quinta-feira (06), o ator e dramaturgo José Celso Martinez Corrêa, o Zé Celso. Ele tinha 86 anos e estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital das Clínicas, na capital paulista, desde terça-feira (04) após um incêndio ter atingido o apartamento em que morava, no Paraíso, na zona sul de São Paullo.
O fundador do Teatro Oficina teve 53% do corpo queimado, além de inalar fumaça. O fogo iniciou após uma defeito no aquecedor elétrico.
Em suas redes sociais o Teatro Oficina Uzyna Uzona confirmou a morte de Zé Celso com a citação “Tudo é tempo e contra-tempo! E o tempo é eterno. Eu sou uma forma vitoriosa do tempo” e dizendo que “nossa fênix acaba de partir para a morada do sol”.
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José nasceu em 30 de março de 1937 na cidade de Araraquara, interior de São Paulo. Fez Direito na Universidade de São Paulo, em 1955, mas nunca chegou a exercer a profissão, mas em seu período na faculdade fundou o Teatro Oficina e encenou seus primeiros textos: Vento Forte para Papagaio Subir (1958) e A Incubadeira (1959).
Nos anos 60, ele profissionaliza sua iniciativa e o grupo passa a atua na rua Jaceguai, espaço onde permanece até hoje, apesar de muitas lutas. No local, Zé Celso dirigiu a peça Pequenos Burgueses, do autor russo Máximo Gorki (1868-1936), que acabou por vencer diversos prêmios. Porém, pouco depois, a apresentação foi censurada pela ditadura militar.
Zé Celso foi preso, torturado e se exilou em Portugal, em 1974. Apesar da dor de deixar o país, ele pôde montar a peça Galileu Galilei, inspirada no dramaturgo alemão Bertold Brecht (1898-1956). Em 2010, o Estado Brasileiro indenizou o diretor em R$ 570 mil como forma de reparação à perseguição que sofreu durante a ditadura.
Icônico em São Paulo, a sede do Teatro Oficina, fundado por ele, é tombado como patrimônio histórico desde 1982.
(com informações de Agência Brasil e do portal Poder 360)